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'Le Monde': Temer despreza acusação de corrupção e contra ataca com entusiamo 

Jornal francês repercute acusação contra Temer e seu discurso

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Matérias publicadas pelo Le Monde nesta terça e quarta-feira (28) falam sobre a denúncia apresentada pelo Procurador-Geral, contra Michel Temer e seu discurso de contra ataque.

Para o diário, Temer reagiu com desprezo à denúncia, ao dizer "nada nos destruirá, nem a mim nem a meus ministros". 

Monde destaca que o moribundo presidente entrou para a história do Brasil como o primeiro chefe de Estado acusado de corrupção, e classifica como uma desonra o acontecido. 

Le Monde explica, no entanto, que apesar dos indícios irrefutáveis revelados pela delação do empresário Joesley Batista, presidente do grupo J&F Investimentos, Temer tem o apoio de parte significativa do Congresso.

O vespertino avalia que a atmosfera do stablishment político está cada vez mais pesada, tendo como líder um presidente com aprovação de apenas 7% dos brasileiros, e implicado em outros casos suspeitos de corrupção, que podem resultar em novas denúncias, diz o texto.

O vespertino aponta que desde a denúncia de "corrupção passiva", o presidente brasileiro contra ataca com renovado entusiasmo e ressalta que durante seu discurso, não hesitou em acusar o procurador-geral Rodrigo Janot, de intenções perversas e amadorismo. Um homem que iria procurar "vingança", "destruição, vingança", disse Michel Temer.

Le Monde descreve que o chefe de Estado acredita que o promotor está tentando através de sua ação "enfraquecer" o Governo. Pior, Michel Temer insinua que Rodrigo Janot poderia obter dinheiro do proprietário da empresa de carne JBS, Joesley Batista. 

Monde observa que Michel Temer novamente descarta qualquer hipótese de renúncia. 

"Estou orgulhoso de ser presidente. Para mim, é algo comovente. Eu não sei como Deus me colocou neste lugar ", acrescentou.

O noticiário informa que a Suprema Corte abriu uma investigação sobre o presidente de "corrupção passiva", "obstrução da justiça" e "participação numa organização criminosa."

Esta é a primeira vez na história brasileira, que um presidente é acusado por um crime comum. Para conter o Tribunal de Justiça e evitar sua remoção, a menos de um ano após o impeachment de Dilma Rousseff, Michel Temer precisa do apoio de pelo menos um terço dos membros do Congresso, conclui Le Monde.

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