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Lindbergh e Marta Suplicy batem boca em comissão da reforma trabalhista

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Presidindo a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), que rejeitou nesta terça-feira (20) o relatório da reforma trabalhista, a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) se negou a dar acesso a presidentes das centrais sindicais na reunião e provocou reação forte em senadores da oposição.

"Eu vou preferir não, porque o risco de criar mais tumulto, como tivemos nas outras vezes... eu prefiro não. Sinto muito, mas não vou fazê-lo", decidiu Suplicy.

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O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) argumentou que o Senado não pode fechar as portas às categorias afetadas com a reforma trabalhista que o presidente Michel Temer tenta aprovar no Congresso Nacional. "Eu quero chamar a atenção, senadora Marta".

"Pode chamar à vontade, que [os sindicalistas] não vão entrar. Esta presidência determinou que não vai entrar", disse a senadora, interrompendo Lindbergh e dando a palavra ao senador Paulo Paim (PT-RS).

"Vossa Excelência tem que se acalmar", continuou Lindbergh.

"Olha o machismo e se cuida, tá?", rebateu Marta Suplicy.

Protestos da oposição marcam reunião

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) questionou os demais senadores da comissão se valeria a pena aprovar o relatório da reforma trabalhista, já aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), de um governo sem legitimidade e um presidente da República sem força política. O parlamentar lembrou das acusações contra Temer e disse que o peemedebista usa o cargo como "instrumento de blindagem".