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MP pede suspeição de ministro e Gilmar bate boca com vice-procurador eleitoral

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O vice-procurador eleitoral Nicolao Dino pediu, na tarde desta sexta-feira (9), logo após o retorno do intervalo, o impedimento do ministro Admar Gonzaga, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no julgamento da ação de cassação da chapa Dilma-Temer. Admar Gonzaga foi advogado da ex-presidente Dilma Rousseff e foi nomeado por Michel Temer para a vaga do TSE em março.

Na sequência, o ministro Luiz Fux discordou do pedido de impedimento e o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, subiu o tom de voz, acusando Nicolao Dino de coagir e surpreender os membros do tribunal.

"O Ministério Público Eleitoral não pode surpreender o tribunal, precisa assumir seu papel e respeitar o tribunal. Não pode coagir e fazer o jogo da mídia", reagiu Gilmar.

"Nunca faltei com a consideração ao tribunal", respondeu Dino.

"E é bom que seja assim, é preciso muita cautela com esse tipo de coisa", rebateu Gilmar Mendes, que recebeu o apoio dos demais magistrados.

Após o episódio, o ministro Napoleão Nunes ainda protestou contra a cobertura da imprensa no episódio em que seu filho foi barrado na entrada do plenário do tribunal, por estar vestindo traje não adequado para a sessão.