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Advogado afirma que prisão de Loures tem o objetivo de forçar sua delação

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O advogado Cezar Roberto Bitencourt, que defende o ex-deputado e ex-assessor do presidente Michel Temer Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), afirmou que ele foi preso para forçar sua delação. Para o advogado, haveria uma tentativa de forçar o peemedebista a colaborar. Contudo, Bitencourt afirmou que Loures ficará em silêncio.

Ao contestar o novo pedido de prisão, a defesa afirmava que Loures não poderia interferir mais nas investigações, já que as buscas e apreensões da Operação Patmos foram realizadas e porque, após deixar o mandato, já não tinha poder político para prejudicar a produção de provas.

Prisão

Na manhã deste sábado (3), a Polícia Federal informou que prendeu Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Ele foi preso preventivamente em Brasília, e levado para a Superintendência da PF no Distrito Federal. 

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, havia pedido, novamente, na quinta-feira (1º) ao Supremo Tribunal Federal (STF), a prisão preventiva de Loures, flagrado pela Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil na Operação Patmos, investigação baseada na delação premiada da JBS. O pedido foi feito após o ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio voltar para o cargo de deputado federal. Com o retorno, Loures, que era suplente de Serraglio, perdeu o foro privilegiado.

>> "Duvido que vá me denunciar", diz Temer sobre Loures

No recurso, Janot afirma que a prisão de Loures era “imprescindível para a garantia da ordem pública e da instrução criminal”. O procurador justifica que há no inquérito aberto pelo Supremo escutas telefônicas e outras provas que demonstram que Loures atuou para obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

A Procuradoria-Geral da República havia feito, no dia 18 de maio,  um pedido de prisão preventiva de Rocha Loures quando ele era deputado federal. No mesmo dia, Fachin negou o pedido, mas afastou o parlamentar do cargo, mantendo suas prerrogativas, como o foro privilegiado.

Conversas com Planalto

Interlocutores apontam que o Palácio do Planalto teme uma possível delação de Loures. Há informações inclusive que ele estava mantendo mantido contado auxiliares do presidente Michel Temer, o que reforçaria esta tese.