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Médico chora com situação precária de hospital: "vai começar a morrer gente"

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A crise que assola o país atingiu um dos direitos fundamentais do povo: a saúde. Em entrevista para o Portal Sorriso MT, de Mato Grosso, o diretor-técnico e médico Roberto Satoshi se emociona com o "caos" que o Hospital Regional de Sorriso (HRS) está passando, colocando em risco a vida de pacientes. 

"O caos chegou. Quarta-feira a comida vai estar no estoque zero. Vamos servir o quê? Água com barro? A partir de amanhã, tentaremos transferir os pacientes. Vamos pelo menos colocar no sistema de regulação para assegurar os pacientes porque se faltar gases medicinais vai começar a morrer gente. Não tenho o que falar", disse emocionado.

A diretoria do Hospital continua com a tentativa de transferir (regular) os pacientes para outras unidades hospitalares, uma vez que os medicamentos e outros insumos estão quase no fim do estoque. Segundo o diretor-técnico, até sexta-feira, no máximo, os gases medicinais chegarão ao fim. "Estamos com o término de estoque de alimentação, gás de cozinha e gases medicinais", disse Satoshi.

A informação é de que os pacientes que dependem de oxigênio, das UTIs adulto e Neonatal, precisam ser regulados (transferidos) via Central Estadual de Regulações, para os Hospitais que possam recebê-los. "O problema é que há situações de pacientes que não têm condições nem para serem transferidos. Mas esperamos que o problema se resolva, antes dos danos serem maiores", acrescentou o médico.

No Hospital Sorriso, há 80% de ocupação dos leitos e atende a quase 500 mil moradores de 15 municípios do Médio Norte. 

O Portal informa que o Ministério Público Estadual está tentando evitar que o Hospital feche as portas. A crítica situação da unidade ocorre devido a falta de repasses por parte do Governo do Estado.