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Cabral, Kassab e Pezão lideram lista de delator sobre repasses ilegais

Entre 2008 e 2014, há registro de R$ 246 milhões em caixa dois

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O ex-executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Junior entregou uma tabela ao Ministério Público, com pagamentos que teriam sido feitos via caixa dois a cerca de 180 políticos. Entre 2008 e 2014, há registro de R$ 246 milhões em repasses ilegais. 

Sérgio Cabral aparece no topo do ranking, com a indicação de R$ 62 milhões. O ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD-SP) aparece em seguida, com R$ 21,3 milhões, e Pezão, com R$ 20,3 milhões. Eles são seguidos pelo ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB), com R$ 16,1 milhões, o deputado federal Júlio Lopes (PP), com R$ 15,6 milhões, e o ex-governador Anthony Garotinho (PR), com R$ 13 milhões.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), aparece na sequência, com R$ 9,6 milhões, junto com o ministro Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil, com R$ 7,2 milhões, e os atuais senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG), com R$ 5,5 milhões, Lindbergh Farias (PT-RJ), com R$ 5,4 milhões, e Aécio Neves (PSDB-MG), com R$ 5,3 milhões.

A disposição dos políticos para apresentar emendas ou defender projetos de interesse da empreiteira são os principais motivos apontados para repasses, com 60 doações deste tipo.

Benedicto Júnior é um dos ex-dirigentes da empreiteira que fecharam acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato. As delações foram homologadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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