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Lava Jato: PF cumpre mandados baseados em delações da Odebrecht

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A Polícia Federal, em conjunto com a Procuradoria-Geral da República, deflagrou nesta terça-feira (21), a Operação Satélites, nova fase da Operação Lava Jato autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Estão sendo cumpridos 14 mandados em 13 endereços nas cidades de Brasília, Maceió, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. O objetivo é investigar indícios dos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. 

Os alvos são pessoas ligadas ao líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE); Valdir Raupp (PMDB-RO) e Humberto Costa (PT-PE). Os parlamentares não são alvo de mandados.

A operação investiga indícios de crimes como corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. A PGR informou que "não é possível divulgar detalhes sobre os procedimentos porque os termos de depoimentos [das delações] estão em segredo de Justiça".

Esta é a primeira vez em que são utilizadas informações dos acordos de colaboração premiada firmados com executivos e ex-executivos da Odebrecht. Os acordos foram homologados pelo STF em janeiro deste ano. Trata-se da 7ª fase da Operação Lava Jato que apura o envolvimento de pessoas com prerrogativa de foro junto ao STF. Outras três foram realizadas em 2015, duas em 2016 e uma em fevereiro deste ano.

"Trata-se da 7ª fase da Operação Lava Jato que apura o envolvimento de pessoas com prerrogativa de foro junto ao STF. Outras três foram realizadas em 2015, duas em 2016 e uma em fevereiro deste ano", informam a PF e a PGR.

Políticos

Em comunicado sobre a nova fase de investigação, Eunício Oliveira informou que, em 2014, durante o processo eleitoral, autorizou a solicitação de doações, na forma da lei, para a sua campanha ao governo do Ceará. Segundo Eunício, o pedido de abertura de inquéritos no STF, destinados a apurar versões de delatores, “cujo conteúdo desconhece, é o caminho natural do rito processual”.

O senador Humberto Costa informou, também por meio de nota, que a PF já solicitou o arquivamento do inquérito aberto no STF por não encontrar qualquer evidência de irregularidade ao longo de dois anos de investigação. O parlamentar garantiu ainda contribuir com as autoridades em todos os esforços necessários à elucidação dos fatos.

“A ação de hoje vai corroborar a apuração realizada até agora, que aponta para o teor infundado da acusação e da inexistência de qualquer elemento que desabone a sua vida pública”, destaca o comunicado divulgado por Costa. 

Com Agência Brasil