Operação da Polícia Federal deflagrada nesta sexta-feira (17) investiga a venda ilegal de carnes por frigoríficos. Os principais frigoríficos do país estão na mira da operação, como BRF, JBS e Seara. A Justiça Federal do Paraná determinou o bloqueio de R$ 1 bilhão das investigadas.
São cumpridos 26 mandados de prisão preventiva, 11 de temporária (válida por cinco dias) e 194 buscas e apreensões. Segundo a PF, essa é a maior operação já realizada na história da instituição. Foram mobilizados 1.100 policiais em seis Estados (Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás) e no Distrito Federal.
O atual ministro da Justiça, Osmar Serraglio, também é citado na investigação. Ele aparece em grampo interceptado pela operação conversando com o suposto líder do esquema criminoso, chamando-o de "grande chefe". Contudo, a PF não encontrou indícios de ilegalidade na conduta do ministro, que não é investigado.
Veja uma transcrição da conversa do ministro com Daniel Gonçalves, ex-superintendente regional do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, contra quem há mandado de prisão preventiva:
- Osmar Serraglio: grande chefe, tudo bom?
- Daniel: tudo bom
- Osmar: viu, tá tendo um problema lá em Iporã, cê tá sabendo?
- Daniel: não
- Osmar: o cara lá, que... o cara que tá fiscalizando lá... apavorou o Paulo lá, disse que hoje vai fechar aquele frigorífico... botô a boca... deixou o Paulo apavorado! Mas pra fechar tem o rito, num tem? Sei lá. Como que funciona um negócio desse?
- Daniel: deixa eu ver o que acontecendo... tomar pé da situação lá tá... falo com o Senhor (...)
Em nota, Serraglio afirmou que a citação ao seu nome na Operação Carne Fraca da Polícia Federal seria uma prova de que ele não interfere nos trabalhos de investigação.
"Se havia alguma dúvida de que o Ministro Osmar Serraglio, ao assumir o cargo, interferiria de alguma forma na autonomia do trabalho da Polícia Federal, esse é um exemplo cabal que fala por si só. O Ministro soube hoje, como um cidadão igual a todos, que teve seu nome citado em uma investigação", diz trecho da nota.
A operação desarticular uma suposta organização criminosa liderada por fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura. Em troca de propina, eles facilitavam a produção de produtos adulterados, emitindo certificados sanitários sem fiscalização. De acordo com as investigações, carnes podres teriam sido maquiadas com ácido ascórbico por alguns frigoríficos.
>> Carne Fraca: esquema em frigoríficos abastecia PP e PMDB, diz Polícia Federal
>> Operação da PF detecta venda de carne estragada, maquiada com produtos cancerígenos e com salmonella
Gravações telefônicas obtidas pela Polícia Federal apontam que vários frigoríficos do país vendiam carne vencida tanto no mercado interno, quanto para exportação. Entre produtos químicos e produtos fora da validade, há casos como a inserção de papelão em lotes de frango e carne de cabeça de porco em linguiça, além de troca de etiquetas de validade.
Presos
Entre os presos estão executivos da BRF como Roney Nogueira dos Santos, gerente de relações institucionais e governamentais, e André Baldissera, diretor da BRF para o Centro-Oeste. Funcionários da Seara e do frigorífico Peccin, e fiscais do Ministério da Agricultura também estão na lista.
De acordo com as investigações, os frigoríficos exerciam influência direta no Ministério da Agricultura para escolher os servidores que iriam efetuar as fiscalizações na empresa, por meio do pagamento de propinas. Roney dos Santos, executivo da BRF, tinha acesso inclusive ao login e senha do sistema de processos administrativos do órgão, de uso interno.
A Receita Federal aponta que os fiscais valeram-se de distribuição de lucros e dividendos de empresas fantasmas, da montagem de redes de fast food em nome de testas de ferro e da compra de imóveis em nome de terceiros para esconder o aumento de patrimônio.
A investigação, que durou quase dois anos, apurou que as superintendências regionais do Ministério da Pesca e Agricultura dos Estados do Paraná, Minas Gerais e Goiás atuavam para proteger empresas, prejudicado o interesse público.
A operação foi batizada de "Carne Fraca", numa alusão à conhecida expressão popular em sintonia com a própria qualidade dos alimentos fornecidos ao consumidor por grandes grupos corporativos do ramo alimentício.
Alvos de mandados de prisão preventiva
1. CARLOS CESAR
2. DANIEL GONÇALVES FILHO
3. ERALDO CAVALCANTI SOBRINHO
4. FABIO ZANON SIMÃO
5. FLAVIO EVERS CASSOU
6. GERCIO LUIZ BONESI
7. GIL BUENO DE MAGALHÃES
8. IDAIR ANTONIO PICCIN
9. JOSÉ EDUARDO NOGALLI GIANNETTI
10. JOSENEI MANOEL PINTO
11. JUAREZ JOSÉ DE SANTANA
12. LUIZ CARLOS ZANON JUNIOR
13. MARIA DO ROCIO NASCIMENTO
14. NAIR KLEIN PICCIN
15. NILSON ALVES RIBEIRO
16. NILSON UMBERTO SACCHELI RIBEIRO
17 NORMÉLIO PECCIN FILHO
18. PAULO ROGÉRIO SPOSITO
19. RENATO MENON
20. ROBERTO BRASILIANO DA SILVA
21. RONEY NOGUEIRA DOS SANTOS
22. SEBASTIÃO MACHADO FERREIRA
23. SERGIO ANTONIO DE BASSI PIANARO
24. TARCÍSIO ALMEIDA DE FREITAS
25. ANDRÉ LUIS BALDISSERA
26. DINIS LOURENÇO DA SILVA
Alvos de mandado de prisão temporária
1. ALICE MITICO NOJIRI GONÇALVES
2. BRANDÍZIO DARIO JUNIOR
3. CELSO DITTERT DE CAMARGO
4. LEOMAR JOSÉ SARTI
5. LUIZ ALBERTO PATZER
6. MARCELO TURSI TOLEDO
7. OSVALDO JOSÉ ANTONIASSI
8. RAFAEL NOJIRI GONÇALVES
9. SIDIOMAR DE CAMPOS
10. ANTONIO GARCEZ DA LUZ
11. MARIANA BERTIPAGLIA DE SANTANA
Mandados de condução coercitiva
1. EDYMILSON PENA DOS SANTOS
2. JOSÉ NILSON SACCHELLI RIBEIRO
3. LAIS NOJIRI GONÇALVES
4. MARA RUBIA MAYORKA
5. MARCELO ZANON SIMÃO
6. SONIA MARA NASCIMENTO
7. FABÍOLA BUENO DE MAGALHÃES LAMERS
8. GABRIELA BERTIPAGLIA DE SANTANA
9. NATALIA BERTIPAGLIA DE SANTANA
10. ALESSANDRA KLASS GUIMARÃES MARTINS
11. ALEXANDRE PAVIN
12. ALMIR JORGE BOMBONATTO
13. ANDRÉ DOMINGOS BERNARDI PARRA
14. ANDRÉ JANSEN DE MELLO DE SANTANA
15. BERNADETE BUSATO POLLI
16. CELIA REGINA NASCIMENTO
17. CLAUDIA YURIKO SAKAI
18. DANIEL RICARDO DOS SANTOS
19. DOMINGOS MARTINS
20. EDSON LUIZ ASSUNÇÃO
21. EGLAIR DE MARI AMARAL
22. EDUARDO VILELA MAGALHÃES
23. FABIANA RASSWEILER DE SOUZA
24. FABIULA DE OLIVEIRA AMEIDA
25. FELISBERTO LUIS DE ANDRADE
26. FERNANDO POLLI
27. FREDERICO AUGUSTO DE AZEVEDO LIMA
28. GUILHERME BIRON BURGARDT
29. HENRIQUE FELIX ERICK BREYER
30. HEULER IURI MARTINS
31. INES LEMES POMPEU DA SILVA
32. ISAAC CORREIA DANTAS
33. ISMAEL LEACHI
34. JACKSON LUIZ PAVIN
35. JOSÉ ANTONIO DIANA MAPELLI
36. JOSÉ ROBERTO PERNOMIAN RODRIGUES
37. JOSÉ RUBENS DE SOUZA
38. JOSÉ TEIXEIRA FILHO
29. JULIO CESAR CARNEIRO
40. KELLI REGINA MARCOS
41. LIEGE MARIA SALAZAR
42. LUCIMARA HONORIO CARVALHO
43. LUIZ FERNANDO GUARANA MENEZES
44. LUIZ SANTAMARIA NETO
45. MARCIA CRISTINA NONNEMACHER SANTOS
46. MARCOS CESAR ARTACHO
47. NAZARETH AGUIAR MAGALHÃES
48. NELSON LEMES DE MOURA
49. ORESTES ALVARES SOLDORIO
50. PÉRICLES PESSOA SALAZAR
51. PERITO GARCIA
52. ROBERTO BORBA COELHO JUNIOR
53. ROBERTO MÜLBERT
54. RONALDO SOUSA TRONCHA
55. SIDNEI DONIZETE BOTTAZZARI
56. SILVIA MARIA MUFFO
57. SYLVIO RICARDO D’ALMAS
58. VALDECIO ANTONIO BOMBONATO
59. VINICIUS EDUARDO COSTA DE SOUZA
60. WELMAN PAIXÃO SILVA OLIVEIRA
61. ZELIA MARIA BUSATO PAVIN
62. ANA LUCIA TEIXEIRA
63. FRANCISCO CARLOS DE ASSIS
64. VALDECIR BELANCON
65. FLÁVIO RIBAS CASSOU
66. CLÉBIO HENRIQUE POLVANI MARQUES
67. SOLANGE LINARES MACARI NOJIRI
68. MARCO AURÉLIO RODRIGUES BINOTTI
69. ROBERTO BORBA COELHO
70. IDEFRED KONIG
71. SUELI TEREZINHA FARIA PIANARO
72. FABIO MURILO PIANARO
73. ELIAS PEREIRA BARBOSA
74. ROBERTO PELLE
75. NELSON GUERRA DA SILVA
76. VICENTE CLAUDIO DAMIÃO LARA
77. DANILO LUCIANO
78. CLÉBIO HENRIQUE POLVANI MARQUES
79. VALDECIR BELACON
80 CARLOS AUGUSTO GOETZKE
81. SERGIO RICARDO ZANON 0
Mandados de busca e apreensão
1. ATEFFA
2. BALABAN & GONÇALVES ADVOGADOS
3. BG CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. ME
4. BIG FRANGO INDUSTRIA E COM. DE ALIMENTOS LTDA.
5. BIO-TEE SUL AM. IND. DE PROD. QUÍM E OP. LTDA
6. BRF – BRASIL FOODS/ BRF S.A.
7. BRF – BRASIL FOODS/BRF S.A.
8. BRF – BRASIL FOODS/BRF S.A. 01.838.723/0102-70
9. BRF – BRASIL FOODS/BRF S.A. 01.838.723/0304-68
10 BRF – BRASIL FOODS/BRF S.A. 01.838.723/0182-55
11. BR ORGAN FERTILIZANTES DO BRASIL LTDA. 15.621.509/0001-29
12. CODAPAR/CLASPAR (EADI/FOZ) 76.494.459/0081-35
13. DAGRANJA AGROINDUSTRIAL LTDA./DAGRANJA S/A AGROINDUSTRIAL 59.966.879/0026-21
14. DALCHEN GESTÃO EMPRESARIAL LTDA. 10.597.190/0001-20
15. DINÂMICA IMP. EXP. IND. COM. ALIMENTOS LTDA. 04.755.950/0001-87
16. DOGGATO CLINICA VETERINÁRIA LTDA.ME 05.822.910/0001-73
17. E.H. CONSTANTINO 07.912.350/0001-73
18. ESCRITÓRIO CENTRAL SUBWAY BRASIL / SUBWAY SYSTEMS DO BRASIL LTDA 02.891.567/0002-01
19. MAPA – Esplanada dos Ministérios, BL. D, 8º Andar, sala 847 Brasilia/DF
20. FENIX FERTILIZANTES LTDA./PORTAL OPERAÇÕES PORTUÁRIAS 01.304.503/0001-13
21. FORTESOLO SERVIÇOS INTEGRADOS LTDA. 80.276.314/0001-50
22. FRANGO A GOSTO 19.483.501/0001-02
23. FRATELLI COMERCIO DE MASSAS, FRIOS E LATICINIOS LTDA. ME 07.197.112/0001-23
24. FRIGOBETO FRIGORÍFICOS E COMERCIO DE ALIMENTOS LTDA. 16.956.194/0001-33
25. FRIGOMAX- FRIGORÍFICO E COMERCIO DE CARNES LTDA. 04.209.149/0001-36
26. FRIGORÍFICO 3D 05.958.440/0001-70
27. FRIGORÍFICO ARGUS LTDA. 81.304.552/0001-95
28 FRIGORÍFICO LARISSA LTDA. 00.283.996/0001-90
29. FRIGORIFICO OREGON S.A. 11.410.219/0001-85
30. FRIGORÍFICO RAINHA DA PAZ 03.990.431/0001-30
31. FRIGORÍFICO SOUZA RAMOS LTDA. 82.345.315/0001-35
32. INDUSTRIA DE LATICINIOS S.S.P.M.A. LTDA. 05.150.262/0001-56
33. JBS S/A 03.853.896.0001-40
34. LARA CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 20.274.224/0001-07
35 LABORAN ANÁLISES CLINICAS LTDA. – EPP 76.652.122/0001-24
36. MASTERCARNES
37 MC ARTACHO CIA LTDA. 04.976.126/0001-57
38. MEDEIROS, EMERICK & ADVOGADOS ASSOCIADOS 10.890.129/0001-76
39. MORAR ASSESSORIA E EMPREENDIMENTOS 78.973.641/0001-10
40. NOVILHO NOBRE INDUSTRIA E COMERCIO DE CARNES LTDA.
41. PAVIN FERTIL INDUSTRIA E TRANSPORTE LTDA. / AJX TRANSPORTES LTDA. 05.762.689/0001-05
42. PECCIN AGRO INDUSTRIAL LTDA. / ITALLI ALIMENTOS 09.237.048/0001-92
43. PRIMOCAL IND. E COM. DE FERTILIZANTES LTDA. 77.518.439/0001-35
44. PRIMOR BEEF – JJZ ALIMENTOS S.A. 18.740.458/0002-23
45. RADIO CASTRO LTDA. 76.106.772/0001-74
46. SANTA ANA COMERCIO DE ALIMENTOS LTDA. 17.622.097/0001-77
47. SEARA ALIMENTOS LTDA. 02.914.460/0130-58
48. SIMÃO SOCIEDADE DE ADVOGADOS LTDA. 09.601.896/0001-39
49. SMARTMEAL COMERCIO DE ALIMENTOS LTDA. 07.782.913/0001-56
50. SUB ROYAL COMERCIO DE ALIMENTOS LTDA. 19.412.845/0001-12
51. SUPERINTENDENCIA FEDERAL DE AGRICULTURA EM MINAS GERAIS
52. SUPERINTENDENCIA FEDERAL DE AGRICULTURA EM GOIAS
53. SUPERINTENDENCIA FEDERAL DE AGRICULTURA NO PARANÁ
54. SERVIÇO DE VIGILÂNCIA AGROPECUÁRIA NA FRONTEIRA DE FOZ DO IGUAÇU SVA/PR
55. SERVIÇO DE VIGILÂNCIA AGROPECUÁRIA EM PARANAGUÁ – SVA/PR
56. UNIDADE TÉCNICA REGIONAL AGRÍCOLA DE LONDRINA – UTRA/PR
57. UNIDADE DE VIGILÂNCIA AGROPECUÁRIA ADUANA ESPECIAL DE MARINGÁ – UVAGRO/PR
58. UNIDOS COMERCIO DE ALIMENTOS LTDA. 16.588.374/0001-00
59. UNIFRANGOS AGROINDUSTRIAL S.A. / COMPANHIA INTERNACIONAL DE LOGISTICA
04.883.352/0001-93
60. BREYER E CIA LTDA. 75.130.245/0001-32
61. FABRICA DE FARINHA DE CARNE CASTRO LTDA. EPP 77.720.076/0001-16
62. LOGISTICA DISTRIBUIDORA LTDA. (INTEGRACAO LOGISTICA, DISTRIBUICAO LTDA) 06.962.645/0001-91
63. TRANSFRIOS TRANSPORTE LTDA. 80.654.387/0001-39
64. PECIN AGROINDUSTRIAL LTDA. ME 09.237.048/0001-92
65. CENTRAL DE CARNES PARANAENSE 73.368.151/0001-70
66. WEGMED – CAMINHOS MEDICINAIS LTDA. 11.933.999/0001-48
67. ARTACHO CASINGS
68. INDUSTRIA E COMERCIO DE COUROS BRITALI LTDA.
07.419.292/0001-40
69. MORRETES AGUA MINERAL LTDA. 12.445.182/0001-93
70. BRF – BRASIL FOODS/BRF S.A. em Mineiros/GO
71 MAPA – Esplanada dos Ministérios
A JBS divulgou nota sobre a operação:
COMUNICADO JBS
Em relação a operação realizada pela Polícia Federal na manhã de hoje, a JBS esclarece que não há nenhuma medida judicial contra os seus executivos. A empresa informa ainda que sua sede não foi alvo dessa operação.
A ação deflagrada hoje em diversas empresas localizadas em várias regiões do país, ocorreu também em três unidades produtivas da Companhia, sendo duas delas no Paraná e uma em Goiás. Na unidade da Lapa (PR) houve uma medida judicial expedida contra um médico veterinário, funcionário da Companhia, cedido ao Ministério da Agricultura.
A JBS e suas subsidiárias atuam em absoluto cumprimento de todas as normas regulatórias em relação à produção e a comercialização de alimentos no país e no exterior e apoia as ações que visam punir o descumprimento de tais normas.
A JBS no Brasil e no mundo adota rigorosos padrões de qualidade, com sistemas, processos e controles que garantem a segurança alimentar e a qualidade de seus produtos. A companhia destaca ainda que possui diversas certificações emitidas por reconhecidas entidades em todo o mundo que comprovam as boas práticas adotadas na fabricação de seus produtos.
A Companhia repudia veementemente qualquer adoção de práticas relacionadas à adulteração de produtos – seja na produção e/ou comercialização – e se mantém à disposição das autoridades com o melhor interesse em contribuir com o esclarecimento dos fatos.
São Paulo, 17 de março de 2017.