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Após 5 horas, Eike deixa sede da PF. Advogado diz que ele ficou em silêncio

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O empresário Eike Batista ficou por cinco horas, nesta quarta-feira (8), na sede da Polícia Federal, na Zona Portuária, onde foi encaminhado para prestar depoimento. O advogado do empresário, Fernando Martins, afirmou que o orientou a não prestar declarações. "Ele se comportou como no primeiro depoimento, se resguardou no direito de prestar informações apenas em juízo." O advogado afirmou ainda que não há nenhuma informação quanto à colaboração premiada. "Ele somente vai falar em juízo", repetiu. Fernando Martins afirmou também que Eike está confiante e "acreditando na Justiça".

Eike chegou à sede da PF por volta das 9h20 para prestar um novo depoimento. Outros seis suspeitos de envolvimento com o esquema de corrupção durante o governo Cabral também foram levados para prestar depoimento: o ex-secretário de Obras do Rio Hudson Braga; o doleiro Álvaro Novis; o operador Ary Ferreira Filho; o publicitário Francisco de Assis (conhecido como Kiko), e o empresário Flávio Godinho, braço-direito de Eike e ex-vice-presidente do Flamengo.

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Eike é suspeito de lavagem de dinheiro em um esquema de corrupção que também atinge o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que está preso. Ele e Flávio Godinho são acusados de terem pago US$ 16,5 milhões a Cabral em troca de benefícios em obras e negócios do grupo, usando uma conta fora do país. Os três também são suspeitos de terem obstruído as investigações.