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Sob acusações de vazamentos e fraudes, Enem acontece novamente neste fim de semana

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Exame mais importante para os vestibulandos volta a ser aplicado neste sábado e domingo (3 e 4) para candidatos que fariam as provas em escolas ocupadas; na quinta, Polícia Federal concluiu que as provas da aplicação passada foram vazadas.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) voltará a ser aplicado neste fim de semana para candidatos que fariam as provas em escolas ocupadas por protestos contra a PEC 55 e a Medida Provisória que reforma o Ensino Médio. 

No total, serão 418 locais de provas em 165 municípios de 23 estados. De acordo com o Inep, 277.622 candidatos estão inscritos para o Enem deste fim de semana. Os mais afetados são os mineiros de Belo Horizonte, onde 20.473 estudantes foram convocados a fazer a prova na nova data. Uberlândia, também no estado de Minas Gerais, aparece no segundo lugar do ranking: foram 13.801 convocados.

Os candidatos poderão checar os cartões de confirmação de inscrição com os novos endereços no site do Enem.

Vazamentos e fraudes 

Mesmo com novas provas, o exame ainda corre o risco de ser cancelado. Isso porque inquérito divulgado pela Polícia Federal nessa quinta-feira (1) comprovou que as provas da aplicação anterior, realizada nos dias 4 e 5 de novembro, vazaram.  

No relatório enviado ao Ministério Público Federal, a PF destacou que os candidatos receberam, pelo celular, fotos da prova e tiveram acesso ao gabarito e ao tema de redação antes do início do exame. Os candidatos tiveram acesso à frase do caderno de prova rosa, que deve ser transcrita no gabarito. Essa frase permitiu que os candidatos pudessem preencher o cartão de respostas de acordo com o gabarito da quadrilha, não importando a cor da prova que tivessem recebido. 

A perícia identificou ainda que o tema da redação começou a ser pesquisado por candidatos flagrados em casos de fraude a partir das 9h38 do domingo de prova, 6 de novembro. A suspeita foi confirmada através de logs de navegação no Google. 

O Ministério da Educação divulgou nota em que critica o "vazamento" do inquérito da Polícia Federal. O ministro do MEC, Mendonça Filho também descartou a possibilidade de anulação das provas.