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Caso Yoki: Elize Matsunaga começa a ser julgada em SP nesta segunda

Júri de Elize Matsunaga será formado por 4 mulheres e 3 homens 

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A partir das 9h30 desta segunda-feira (28), Elize Matsunaga, 34, foi a júri popular no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, acusada de matar, esquartejar e ocultar o corpo do marido, o empresário Marcos Matsunaga, 42, em maio de 2012. O empresário era um dos sócios do grupo alimentício Yoki. Quatro anos e meio depois, um dos crimes mais violentos da história policial brasileira pode ter um veredicto esta semana. 

Elize está presa desde aquele ano na Penitenciária do Tremembé, e, se condenada à pena máxima pedida pela acusação, pode pegar até 33 anos de reclusão: 30 por homicídio triplamente qualificado e três por ocultação e destruição de cadáver.

Quatro mulheres e três homens vão definir a sentença de Elize. Os depoimentos começam após a leitura das peças do processo. São nove testemunhas de acusação, três em comum e nove de defesa. Entre elas, há familiares, policiais e pessoas que conheciam o casal.

A primeira testemunha ouvida nesta segunda foi a babá Amonir Hercília dos Santos que afirmou ter ouvido de sua mãe, Mauriceia Gonçalves dos Santos, babá titular do casal, que a ré comprou uma serra elétrica horas antes da morte de Marcos.

Amonir trabalhava para eles como folguista da mãe, a cada quinze dias, a jovem ia ao local entre a madrugada de sábado até a noite de domingo. Mãe e filha foram arroladas como testemunhas da assistência de acusação.

A previsão do Tribunal de Justiça de São Paulo é que o julgamento dure até cinco dias, principalmente em função do número de testemunhas. O júri tem plenário cheio, composto por amigas de Elize e, principalmente, por advogados e estudantes de direito.

O crime aconteceu no apartamento do casal, na Vila Leopoldina, zona oeste da capital, no dia 19 de maio de 2012, um sábado, por volta das 20h. Sacos com partes do corpo do empresário começaram a ser encontrados dois dias depois em Cotia, na Grande São Paulo, pela Guarda Civil Metropolitana (GCM). Segundo a perícia, o corpo do empresário foi segmentado em sete partes. No processo, Elize, que também já havia sido enfermeira, confessou ter matado o marido com um tiro e o esquartejado, sob a alegação de ter agido em desespero.