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'Clarín': Congresso do Brasil vota anistia para sua própria corrupção

Reportagem diz que parlamentares "transformaram" projeto contra-corrupção

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Matéria publicada nesta sexta-feira (25) pelo argentino Clarín analisa que aprovar com urgência uma emenda constitucional, antes de entrar na delação premiada da Odebrecth e perder suas fortunas, parece crucial para a maioria dos membros do Congresso do Brasil.

O diário fala que as "leis anti-corrupção" foram transformadas em um projeto de anistia para financiamentos ilegais cometidas antes da promulgação destas regras.

> > Clarín Brasil: el Congreso vota su propia amnistía por delitos de corrupción

Deputados estão se preparando para levantar a mão a favor da anistia ao caixa dois e se manter em uma situação, digamos "confortável", descreve o Clarín. Os legisladores têm certa pressa porque após assinada a delação da Odebrecht, muitos nomes ficarão em sérias dificuldades. 

Sabe-se que a lista de Marcelo Odebrecht deve envolver mais de cem membros. E entre eles, os principais líderes do Governo.

De acordo com a versão da lei proposta, logo após sua pena se tornará um crime à justiça não declarar recursos recebidos de empresas privadas para supostamente financiar campanhas. Assim, seria tudo esquecido. E as "contribuições" volumosas de dinheiro aos partidos e candidatos, efetuadas por grandes holdings em troca de vantagens, seriam esquecidas. Este seria o fim da Lava-Jato, esclarece o Clarín.

Clarín fala em sua reportagem que não é mais um "achismo" que o chamado "pacote anti-corrupção" vai contra os interesses da maioria dos membros do Congresso. A verdade é que Rodrigo Maia (DEM ultra-conservadora), o presidente da Câmara dos Deputados convocou uma reunião para aprovar o procedimento com padrão de emergência, finaliza o Clarín.