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Beto Richa critica ocupações de escolas por estudantes

"Eles querem confusão, querem desgaste político", diz governador sobre sindicatos

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O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), criticou em entrevista as ocupações de escolas por estudantes. O Paraná lidera as ações deste tipo no país, e tem registrado tensões entre tentativas de "desocupações" promovidas por grupos como o Movimento Brasil Livre (MBL), que tem posicionamento alinhado com o governo de Michel Temer.

Richa procurou, contudo, deixar claro que não tem "nada a ver" com as ocupações, já que estas têm como principais pautas a PEC do Teto de Gastos e a reforma do ensino médio proposta pelo governo federal por meio de Medida Provisória, sem debate com a sociedade ou com o Congresso.

"O sindicato dos professores é muito forte. Difícil de lidar, extremamente políticos. Teve a morte do adolescente dentro da escola. Mas a polícia não fez nada. Um equívoco", disse o prefeito em entrevista à Folha de S. Paulo

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"Para você ver como é político. Tive envolvimento zero. Nem um policial foi para frente da escola. Deveriam me agradecer. As ocupações viraram notícia nacional. Conseguiram o que queriam", completou, quando informado de que, durante um ato, houve jogral de estudantes e citaram nominalmente o prefeito. 

Questionado sobre o fato de tantas ocupações ocorrerem justamente no Paraná, o governador citou uma suposta disputa com "outras facções". "Talvez porque no Paraná e São Paulo sejam sindicatos mais fortes. Só tem PT, PSOL, PSTU e PC do B. Há uma disputa interna entre eles. Têm sempre que mostrar serviço e empunhar bandeira para não ser engolidos pelas outras facções."

Beto Richa afirmou ainda que os profissionais da educação do Estado não estariam abertos a "conversa". "As pessoas começaram a compreender o que os sindicatos querem. Eles querem confusão, querem desgaste político. Querem defender o Lula e a Dilma", acredita o tucano.