Às vésperas da votação em segundo turno da Proposta de Emenda Constitucional 241, a PEC do Teto de Gastos, na Câmara de Deputados, protestos acontecem em diversas capitais brasileiras. As manifestações contra a "PEC do Fim do Mundo", como ficou popularmente conhecida pela oposição do governo Temer, teve início no Rio de Janeiro às 17h desta segunda-feira (24), na Candelária, centro da cidade.
Manifestantes seguem o trajeto até a Cinelândia gritando palavras de ordem contra o governo, carregando bandeirões.
Em outras grandes capitais, como Brasília e São Paulo, as mobilizações tiveram início por volta das 18h. O ato também manifesta contra a PL 4567/16, em trâmite na Câmara, que desobriga a Petrobras de ser operadora exclusiva do pré-sal.
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A PEC 241 congela o orçamento público por 20 anos, refletindo, principalmente, nas áreas de saúde e educação. Um panfleto distribuído durante o ato pela Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST), do PSOL, defende que “o objetivo do governo Temer é fazer que o povo pague a conta da crise reduzindo a responsabilidade do governo em áreas essenciais”.
“Ao invés de atacar o problema fundamental, que é o pagamento dos juros da dívida que consome todo ano quase a metade do orçamento federal, corta investimentos em áreas fundamentais como saúde e educação”, diz o panfleto.
Tendo em vista as últimas ocorrências violentas, que incluem a repressão policial, em atos praticados no Rio e São Paulo, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, organizadores do evento, divulgaram nota de repúdio:
“Toda e qualquer manifestação de violência não será oriunda da organização do ato. Entendemos inclusive, que dada a conjuntura política no país e principalmente na cidade de Rio, a violência nos protestos interessa àqueles que querem esvaziar as mobilizações, aprovar as medidas de congelamento dos investimentos no congresso, mas também, usar tais acontecimentos para favorecimento eleitoral, dias antes da votação no segundo turno das eleições municipais”.