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Protesto contra Reforma do Ensino Médio termina com estudantes algemados

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Terminou na Praça da República, no centro de São Paulo, a manifestação dos estudantes secundaristas contra reforma do ensino médio. No local fica a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. Sete estudantes acabaram sendo detidos pela Guarda Municipal e levados para a delegacia, e pelo menos dois deles foram algemados.

O protesto começou no final da manhã desta terça-feira (18) no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), de onde o grupo seguiu, animado por tambores, pela Avenida 9 de Julho.

Os jovens também passaram pelo Viaduto do Chá, onde fica a sede da prefeitura paulistana. O trajeto foi definido em assembleia no início do ato. Foi feito um manifesto conjunto dos estudantes contrário ao corte de disciplinas do currículo obrigatório, à privatização da gestão de escolas e à Proposta de Emenda Constitucional 241, que estabelece um limite para os gastos públicos.

A reformulação do ensino médio entrou em vigor no último dia 22 de setembro a partir de uma medida provisória (MP) assinada pelo presidente Michel Temer. Além da flexibilização dos currículos, está previsto um aumento gradual da jornada escolar. 

"Juntas [PEC e MP] elas são uma precarização geral do ensino", disse Lilith Passos, 16 anos, estudante do 2° ano do ensino médio, à Agência Brasil

"Vão contra tudo o que a gente lutou nas ocupações no ano passado", acrescentou, em referência ao movimento em que os secundaristas paralisaram as atividades em diversas escolas contra a reorganização escolar proposta em 2015 pelo governo de São Paulo. A ideia, abandonada após os protestos, previa o fechamento de estabelecimentos de ensino e a realocação de milhares de alunos.

* Com Agência Brasil