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Dilma critica omissão de informações na pesquisa do Datafolha

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A presidente afastada Dilma Rousseff criticou, nesta quinta-feira (21), a omissão por parte do jornal Folha de S.Paulo de informações da pesquisa do Instituto Datafolha que mostravam que 62% dos entrevistados querem a antecipação das eleições presidenciais para este ano.

"É muito estranho o que aconteceu com o Datafolha. De repente, consideraram que não era relevante saber o que a população brasileira queria em relação a eleições. Fico indignada diante dessa distorção. Como não é importante saber o que a população acha? Pesquisa não decide nada, mas pesquisa é uma referência, então não pode distorcer. Não acho que pesquisa seja processo de plebiscito, é pesquisa, você pega uma parte e fere o todo. Plebiscito vota todo mundo. Nesse caso, o que é surpreendente? De repente, 3% é, na verdade, 62%. Essa diferença não é trivial, é algo expressivo. É um indicador muito significativo. Acredito que tudo isso tem que ser olhado", afirmou Dilma, em sua conta no Facebook.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que a "fraude", como ele classificou o ato do instituto e do jornal, teria sido mantida se o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, do site The Intercept, não tivesse questionado e divulgada informações ocultas da pesquisa.

"As justificativas apresentadas pelo Instituto são insuficientes. Se Glenn Greenwald não tivesse enfiado o pé na porta, a fraude continuaria a ser propagada sem o menor constrangimento. Desafiamos o DataFolha a pedir desculpas ao povo e repetir a pesquisa, mas sem adulteração dos resultados", disse o senador petista.

>> Resposta da 'Folha' é enganadora, afirma Greenwald