Relatório de uma auditoria pedida pelo Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que, das 31 maiores distribuidoras de energia do país, responsáveis por 96% do faturamento do setor, 23 estão com risco elevado de insustentabilidade financeira. Apesar das dificuldades, essas empresas distribuíram R$ 3,4 bilhões em lucros e dividendos em 2014, mesmo as com prejuízo ou dívidas incompatíveis com o seu funcionamento.
Contudo, uma análise sobre a evolução das ações da Eletrobrás mostra uma valorização surpreendente, num prazo muito pequeno. De acordo com os balanços anuais, em 2014, a resultado negativo foi de R$ 3 bilhões. Em 2015, o resultado negativo aumentou para R$ 14,4 bilhões. No dia 16 de maio deste ano, as ações ordinárias valiam R$ 7,50, e as preferenciais, R$ 12,52.
Este quadro negativo teve uma reviravolta pouco tempo depois. No dia 9 de julho, houve a confirmação de que um novo grupo formaria o conselho da empresa. No dia 18 do mesmo mês, as ações da Eletrobrás tiveram um salto espantoso: as ordinárias passaram a R$ 16,31, e as preferenciais, R$ 21,48. Especulações dão conta de que esta valorização tão alta, e em tão pouco tempo, só pode ter acontecido porque haveria informações de que este novo grupo de conselheiros favoreceria a privatização da Eletrobrás.