Matéria publicada nesta segunda-feira (18) pelo jornal uruguaio MercoPress, conta que a presidente do Brasil afastada Dilma Rousseff, ainda pode se esquivar do impeachment, segundo seu aliado e antecessor Lula da Silva disse. Em entrevista à Rádio, líder esquerdista mais proeminente do Brasil disse que o caso de Dilma não é sem esperança, apesar de meses de crescente pressão sobre seu afastamento.
A reportagem fala que as votações anteriores passaram facilmente mas esse não é o caso do julgamento por supostamente violar as leis orçamentais, que ela mesma chama de golpe de Estado. Quando o Senado votar novamente no final de agosto, entre os dias 25 e 27, é necessário que se chegue a uma maioria de dois terços e o resultado esperado está muito apertado.
"Derrotar o impeachment está mais fácil do que antes", disse Lula, que foi presidente de 2003 a 2010 e fundou o Partido dos Trabalhadores, que está no poder há 13 anos.
O MercoPress diz em seu texto que Lula calcula que Dilma tem de garantir o apoio de apenas poucos senadores para vencer essa batalha do impeachment. "Dilma depende apenas de seis votos," disse ele em entrevista à uma estação de rádio.
O Senado deve ter 54 dos 81 a favor do impeachment para passar. Nesse caso, conta o MercoPress, Dilma Rousseff, inimiga de Michel Temer, que atualmente está servindo como presidente interino, ficaria como presidente até as próximas eleições programadas para 2018.
Se a votação falhar, Dilma Rousseff voltaria ao gabinete, ressalta o MercoPress.