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Lula: 'Quanto mais eles provocarem, mais eu corro o risco de ser candidato'

Em entrevista à Al Jazeera, ex-presidente também afirmou que existe a possibilidade

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a admitir, nesta sexta-feira (10), durante o ato contra o governo do presidente interino Michel Temer, na Avenida Paulista, em São Paulo, que pode ser candidato à Presidência da República novamente. "Quanto mais eles me provocarem, mais eu corro o risco de ser candidato à Presidência em 2018", afirmou.

Em entrevista que vai ao ar neste fim de semana, na TV Al Jazeera, o líder petista disse que pode voltar a ser candidato, desta vez sem explicitar se seria apenas em 2018 ou se poderia ser agora, caso a presidente Dilma Rousseff volte ao Planalto e convoque eleições gerais. As condições, segundo Lula, seriam por necessidade do Partido dos Trabalhadores de tê-lo na disputa ou por ameaças aos programas sociais criados nos últimos 12 anos.

"Tenho consciência que se for necessário ser candidato, por necessidade partidária ou para tentar voltar a fazer a política social que eles querem destruir, eu serei candidato. Não vou deixar destruírem as conquistas sociais que promovemos nesse país, e se for necessário, eles podem saber que eu posso ser candidato. Quero que não seja eu, quero que seja outro, porque já cumpri com a minha parte da história desse país. Mas se eu for a pessoa que possa evitar que eles destruam as conquistas sociais desse país, eu não tenho dúvida que serei candidato outra vez".

Nesta sexta-feira, Lula criticou, também, os vazamentos de conversas dele e afirmou que a "provocação" pode transformá-lo em candidato à Presidência da República. "Eu não perdoo a atitude de vazamento ilícito de conversas minhas de telefone. Aquilo teve o objetivo de execrar minha imagem para que eu não seja presidente. Quanto mais eles provocarem, mais eu corro o risco de ser candidato".

No trio, na Avenida Paulista, o ex-presidente iniciou seu discurso fazendo críticas à extinção dos ministérios no governo interino de Temer. "Se a solução desse país fosse diminuir ministério, era melhor tirar o da Fazenda e o do Planejamento e deixar o dos pobres, o que cuida das pessoas", disse o ex-presidente, emendando ataques ao atual ministro das Relações Exteriores, senador José Serra (PSDB-SP). Com Serra, disse Lula, o Brasil voltou a sofrer do "complexo de vira-lata". "A gente voltou a ser serviçal", afirmou o petista.