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Parlamentares questionam ausência de Tia Eron no Conselho de Ética

Voto de deputada do PRB é considerado essencial na cassação de Cunha

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Diversos parlamentares questionaram nesta terça-feira (7) a ausência da deputada Tia Eron (PRB-BA) na sessão do Conselho de Ética para votar a cassação do mandato do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A sessão teve início às 9h30, mas até às 14h30 a parlamentar não tinha comparecido nem justificado sua ausência. Como o placar tem 10 deputados a favor de Cunha e nove contra o peemedebista, o voto de Tia Eron era considerado essencial na decisão. O voto de Minerva seria do presidente da comissão, deputado José Carlos Araújo (PR-BA).

Segundo o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), causa preocupação a reunião do presidente da República interino, Michel Temer, com o presidente do PRB, Marcos Pereira, nesta segunda-feira (6).“Pode ser uma mera coincidência, mas é muito ruim para um governo que abriga tantos aliados de Eduardo Cunha que mais essa suspeita paire sobre ele". Molon classificou como “história da carochinha” a tese da defesa de que os recursos no exterior não sejam de Eduardo Cunha. 

Antes que a sessão fosse encerrada, sem que a votação fosse iniciada, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) disse que esperava pela deputada. “Aguardamos ansiosamente a Tia Eron, embora ela tenha dito que votará pela preservação moral da Casa. Vejo que os colegas todos compareceram e ela ainda não chegou”, afirmou.

“Atenção tia Eron, onde estiver, o único voto que tenta fazer defesa do Cunha reconhece que ele mentiu”, disse o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-BA), em relação ao voto em separado apresentado pelo deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), que pede a suspensão do mandato de Cunha por três meses.

O primeiro suplente do bloco parlamentar dela a chegar e assinar presença para votação foi o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que já se pronunciou contra o afastamento de Eduardo Cunha. No caso de ausência de Tia Eron, caberá a Marun dar o voto pela parlamentar.

Discussão

O clima esquentou, durante a sessão, depois de o deputado Zé Geraldo (PT-PA) ter criticado a fala do deputado Wladimir Costa (SD-PA) em defesa do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB), que, segundo Costa, estaria pagando “um preço alto por sua audácia por enfrentar uma articulação criminosa”, ao se referir à gestão do PT no Executivo federal. 

“Wladimir Costa está mais sujo que pau de galinheiro. Ele tem umas seis rádios no Pará e usa essas rádios para difamar e extorquir prefeitos”, disse Zé Geraldo. Costa, por sua vez, voltou a afirmar que o PT é uma quadrilha. “Essa figura asquerosa e indigesta é um dos membros dessa quadrilha”, disse, ao se referir a Zé Geraldo.

Com Agência Câmara