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Cunha diz que presidente do Conselho de Ética fez "manobra espúria"

Alvo de processo de cassação, deputado afastado criticou adiamento da sessão

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O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) acusou o presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), de "manobra", por ter adiado a votação do parecer pela cassação do presidente da Câmara afastado nesta terça-feira (7).

"A falta de ética do presidente do Conselho de Ética fez com que ele encerrasse a sessão de hoje, em mais uma das suas manobras, de forma abrupta, antirregimental e autoritária. Na sua falta de convicção de alcançar o resultado que ele desejava, optou pela manobra espúria de encerrar a sessão, sem amparo no Regimento", afirmou, em nota.

O peemedebista disse, ainda, que Araújo se traveste de "falso moralista" e que seus recursos que a oposição acusa de manobras são formas de rever as manobras do presidente do colegiado: 

"Da mesma forma que ele mente de forma contumaz, me atribuindo manobras inexistentes, quando busca recursos legais visando rever as suas manobras, ele as pratica de forma abusiva, se travestindo de falso moralista em busca da Justiça que, até o momento, ainda não o alcançou".

Durante a sessão desta terça-feira, vários parlamentares acusaram Eduardo Cunha de continuar agindo sobre a comissão e sobre a Câmara, mesmo afastado da Casa, na tentativa de evitar a própria cassação por quebra de decoro parlamentar por ter mentido na CPI da Petrobras. 

>>Cunha diz que Janot tenta "constranger" deputados do Conselho de Ética

O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) afirmou que o presidente interino Michel Temer se reuniu na noite desta segunda-feira (6) com o presidente do PRB, Marcos Pereira. Molon disse que o encontro é "extremamente preocupante", já que poderia se tratar de uma maneira de influenciar no voto da deputada Tia Eron (PRB-BA), cujo voto é considerado essencial para a cassação de Cunha.

No placar atual, 10 deputados querer absolver Cunha enquanto nove endossam o parecer que pede a cassação de mandato. Tia Eron, que vem sinalizando que vai acatar o parecer, empataria o resultado final e o voto de Minerva seria do presidente do Conselho de Ética, que tem posição conhecida contra o presidente afastado da Câmara.