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Michel Temer pode demitir advogado-geral da União

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O advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, pode ser o próximo a deixar o governo do presidente interino Michel Temer. Osório teria criado clima constrangedor para o Planalto e até perdido o apoio de seu padrinho político, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. O governo atribuiu a ele o erro na estratégia usada no caso da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), cuja presidência foi devolvida a Ricardo Melo na última quinta-feira por meio de liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Tóffoli.

Osorio teria cometido um erro ao demover o Planalto da ideia de editar, de imediato, a Medida Provisória que modificaria o estatuto da EBC acabando com o mandato de quatro anos do seu titular e reduzindo o poder do conselho curador da EBC.

Além disso, Osório, sem consultar Temer ou Padilha, questionou a atuação do seu antecessor, José Eduardo Cardozo, na defesa da presidente afastada, Dilma Rousseff, na fase inicial do processo de impeachment. Assim, ele teria aberto uma frente de batalha que o governo considerava desnecessária. Ele teria ainda criado problemas com a Polícia Federal e com o Ministério Público. 

Como se não bastasse, em 1º de junho Osório teria exigido que um avião da FAB o transportasse a Curitiba para participar de uma homenagem ao juiz responsável pela Lava Jato, Sérgio Moro, e de um encontro da Justiça. O Advogado da União não tem mais prerrogativa de usos de aeronaves da Aeronáutica, mas Osório insistiu e viajou com dois assessores e um procurador.