Michel Temer foi notificado do afastamento da presidente Dilma Rousseff pelo primeiro-secretário do Senado, Vicentinho Alves (PR-TO), e assume a presidência do país. O peemedebista aguardava, no Palácio do Jaburu, a notificação sobre o afastamento de Dilma Rousseff. Logo em seguida, a assessoria do vice-presidente anunciou os nomes dos ministros que integrarão o ministério do novo governo. Henrique Meirelles foi confirmado para Fazenda e Alexandre de Moraes para Justiça e Cidadania.
Temer passa a possuir plenos poderes de nomear a equipe de governo e gerenciar o Orçamento da União. Estavam ao lado Temer os futuros ministros da Fazenda, Henrique Meireles, da Justiça, Alexandre de Moraes, da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o ex-ministro Moreira Franco, entre outros.
“A missão está cumprida tanto perante a presidente Dilma como também junto aqui ao vice-presidente Michel Temer”, declarou Vicentinho Alves, que, ao entrar no Palácio do Jaburu, negou ter se sentido constrangido com o papel histórico que lhe coube desempenhar. Momentos antes, Alves havia notificado Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.
Alves, que é primeiro secretário da mesa diretora do Senado, acrescentou que a expectativa dos senadores é que o julgamento definitivo sobre o impedimento de Dilma termine antes do prazo de 180 dias.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e outros integrantes da mesa diretora se reúnem nesta tarde com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandoswski, que vai comandar o julgamento do impeachment, para definir os procedimentos daqui em diante.
Por volta das 9h, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, chegou ao Jaburu. Também estavam no local o jurista Fábio Medina Osório, provável novo advogado-geral da União, e o conselheiro nacional do Ministério Público, Gustavo Rossi.
Estavam no local ainda Eliseu Padilha, que falou com a imprensa já como novo ministro da Casa Civil, e Gedel Vieira Lima, que assume a secretaria de governo. De acordo com Padilha, a previsão é que Temer faça uma declaração à imprensa nacional e internacional às 16h, no Palácio do Planalto.
A ordem na portaria do Jaburu era barrar qualquer "parlamentar, prefeito, governador, ministro, ninguém passa", de acordo com um dos seguranças. O primeiro obrigado a dar meia-volta foi o deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), que disse ter ido "parabenizar" Temer. Ele afirmou confiar que o governo terá "base e sustentação" para aprovar medidas logo na primeira semana.
Confira a relação dos novos ministros:
Henrique Meirelles - Fazenda
Romero Jucá (PMDB) - Planejamento
Marcos Pereira - Desenvolvimento, Indústria e Comércio
José Serra (PSDB) - Relações Exteriores com comércio exterior
Moreira Franco (PMDB) - secretario-Executivo do Programa de Parcerias e Investimentos
Eliseu Padilha (PMDB) - Casa Civil
Geddel Vieira Lima (PMDB) - Secretaria de Governo
Marcio Freitas - Secretaria de Imprensa (não é ministério)
Moreira Franco (PMDB) - secretário-executivo do Grupo do Programa de Parcerias e Investimentos
Sérgio Etchegoyen - ministro-chefe da Secretaria de Segurança Institucional (inclui Abin)
Mendonça Filho (DEM) Educação
Ricardo Barros (PP) Saúde
Alexandre de Moraes - Justiça e Cidadania
Blairo Maggi (PP) - Agricultura
Ronaldo Nogueira (PTB) - Trabalho
Osmar Terra (PMDB) - Desenvolimento Social e Agrário
Sarney Filho (PV) - Meio Ambiente
Bruno Araújo (PSDB) - Cidades
Gilberto Kasssab (PSD) - Ciência e Tecnologia e Comunicações
Maurício Quintella (PR) - Transportes
Fabio Medina - Advocacia-Geral da União (AGU)
Fabiano Augusto Martins Silveira - Fiscalização, Transparência e Controle (ex-CGU)
Raul Jungmann (PPS) - Defesa
Henrique Alves (PMDB) - Turismo
Leonardo Picciani (PMDB) - Esporte
Minas e Energia - entre PMDB e PSB
Integração Nacional - entre PMDB e PSB
* Com Agência Brasil