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Manifestantes vão às ruas em Nova York contra e a favor do impeachment

Presidente Dilma está nos Estados Unidos para reunião da ONU

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Cidadãos brasileiros contrários e favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff protestaram nesta sexta-feira (22) nas ruas de Nova York, nos Estados Unidos, onde a chefe do Executivo está para assinatura do Acordo de Paris e encontro de estadistas em encontro da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em frente à sede da ONU, pró-governistas levantavam cartazes em inglês alertando para o que vêm classificando como um golpe contra a democracia no Brasil e pedindo a ajuda de entidades internacionais, como a própria ONU. No Twitter, a hashtag #SOSCoupInBrazil, que fazia parte das estratégias para chamar a atenção do mundo para a crise política brasileira, chegou a ocupar a lista dos temas mais comentados na rede social. No dia anterior, Dilma já havia sido recebida em Nova York com flores e gritos de "Não vai ter golpe, vai ter luta".

Ciente dos riscos de enfrentamento, a polícia de Nova York criou um cordão de isolamento entre os dois grupos. Do outro lado, manifestantes também seguravam cartazes com frases em inglês pedindo a saída da presidente e elogiando o juiz federal Sérgio Moro, coordenador da operação Lava Jato. Também estava presente no protesto Kim Kataguri, líder do Movimento Brasil Livre (MBL).

No lado de dentro da reunião da ONU, Dilma fez um discurso moderado a respeito da situação política do país. Depois de falar sobre o compromisso do Brasil com o acordo internacional de meio ambiente, a presidente encerrou sua participação afirmando que não poderia terminar "sem mencionar o grave momento que vive o país".

“Não posso terminar minhas palavras sem mencionar o grave momento que vive o Brasil. A despeito disso, quero dizer que o Brasil é um grande país com uma sociedade que soube vencer o autoritarismo e construir uma pujante democracia. Nosso povo é um povo trabalhador e com grande apreço pela liberdade. Saberá, não tenho dúvidas, impedir qualquer retrocesso. Sou grata a todos os líderes que expressaram a mim sua solidariedade".