O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) disse, do Plenário da Câmara, onde ocorre neste domingo (17) a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que o placar ainda é incerto e que, justamente por isso, os votos estão sendo contados e reatualizados pelo governo e pela oposição a todo momento.
"Não acredite nas favas contadas da imprensa. Os votos estão sendo contados um a um, nada está definido. Há contagem o tempo inteiro e o simples fato de estarmos contando mostra que esse processo não tem nada a ver com pedaladas fiscais, tem a ver com eleição indireta", criticou o parlamentar.
Wyllys acrescentou que os derrotados no primeiro e no segundo turnos da eleição de 2014 tentam chegar ao poder por eleição indireta e, para isso, desrespeitam o voto direto da população. Para o deputado do Psol, o processo atropela até mesmo as Diretas Já, movimento civil pelo qual se tentou estabelecer eleições diretas para a Presidência da República.
"Os perdedores do primeiro e do segundo turno, os traidores da base aliada do governo, notadamente Eduardo Cunha, o PMDB e o PP, e a oposição de direita, sobretudo o PSDB, decidiram fazer eleição indireta, usurpar o voto do eleitor, o direito de a população votar, acabar com as Diretas Já e o direito da população de escolher o seu presidente", afirmou Wyllys.