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Mulher e filha de Cunha entregam passaporte para evitar prisão preventiva

Diferente do deputado, as duas não têm foro privilegiado e estão nas mãos de Moro

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A decisão da jornalista Claudia Cruz e de Danielle Cunha, respectivamente mulher e filha do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de entregar os passaportes à Justiça é mais uma tentativa de evitar um eventual pedido de prisão preventiva pelo juiz federal Sergio Moro, coordenador da operação Lava Jato.

A defesa de Cunha e família entregou os documentos na Justiça Federal em Curitiba na última quinta-feira (24) e sinalizou que Claudia e Danielle não oferecem risco de deixar o país a qualquer momento. Ou seja, não precisam ser presas antes do julgamento.

Como o Jornal do Brasil havia noticiado no ano passado, antes mesmo que os processos das duas fossem encaminhados do Supremo Tribunal Federal (STF) para Moro, Cunha já temia pelo destino de Claudia e Danielle, já que as duas não possuem foro privilegiado e, por isso, era quase inevitável que apenas o processo contra o presidente da Câmara permanecesse no Suprema Corte.

Eduardo Cunha é réu no Supremo Tribunal Federal por lavagem de dinheiro, corrupção e ocultação de contas no exterior, no âmbito da operação Lava Jato. Claudia Cruz e Danielle aparecem como titulares de contas do peemedebista. Cunha também enfrenta um processo de cassação de mandato no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar, por mentir aos seus pares na CPI da Petrobras, ao negar a existência de contas no exterior em seu nome.