O jornal The New York Times publicou nesta segunda-feira (21), uma grande matéria sobre a morte do executivo Roger Agnelli, presidente da mineradora Vale durante 10 anos, vítima de um acidente de avião no sábado (19). A aeronave onde Agnelli e sua família estavam, decolou de São Paulo e ia em direção ao aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro, às 15h20. O avião nem bem decolou e se chocou com uma casa, a cerca de 200 metros da pista do aeroporto. Com o choque, a aeronave pegou fogo.
Além de Agnelli, estavam no avião sua esposa Andrea e seus filhos, Ana Carolina e João, a nora e o genro. A família viajava ao Rio de Janeiro para o casamento de um sobrinho do executivo na noite desse sábado.
A reportagem conta a trajetória de Roger Agnelli, que assumiu como presidente e executivo-chefe da Vale em 2001, depois de quase 19 anos em um dos maiores bancos do país, o Banco Bradesco, que é um dos principais acionistas da Vale. Sob sua gestão, a Vale se transformou em uma das maiores empresas da América Latina: a segunda maior empresa de mineração do mundo na época, e a maior produtora de minério de ferro.
Conhecido por alguns como "Homem de Ferro", Agnelli era um negociador duro e um executivo em ptencial, que expandiu o alcance da companhia aos mercados da Ásia, particularmente na China.
Em 2006, ele presidiu a compra da Inco, produtora de níquel canadense, a maior aquisição que já havia sido feita por uma empresa latino-americana, movimentando US $ 18 bilhões.
Sete anos depois de seu mandato, o valor de mercado da empresa aumentou de US $ 8 bilhões a US $ 150 bilhões.
De acordo com o jornal americano, Em 2013, Roger Agnelli foi nomeado o número 4 na lista dos melhores chefes executivos do mundo, considerando seu desempenho, atrás apenas de Steve Jobs, da Apple, Jeff Bezos, da Amazon e Yun Jong-yong de Samsung da Harvard Business Review.