O ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff retomaram, pouco antes das 9 horas desta quarta-feira (16), no Palácio da Alvorada, a reunião na qual discutem a possível nomeação de Lula para um dos ministérios do governo.
Na terça-feira, a reunião entre Dilma e Lula foi interrompida após mais de quatro horas, por volta das 23h30, sem uma definição sobre a ida de Lula para um ministério do governo. Os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) participaram das conversas.
A expectativa é de que o ex-presidente aceite o cargo para atuar na articulação política. Na última sexta-feira (11), durante entrevista coletiva, a presidente Dilma fez questão de afirmar que "seria uma honra" contar com Lula em seu ministério, mas não entrou em detalhes sobre se teria havido ou não um convite formal. Lula também chegou a afirmar que teria recebido dois convites, e recusado os dois.
A ida de Lula para o governo melhoraria o poder de negociação num momento de grave crise política, na opinião de líderes do PT e parlamentares da bancada no Congresso. Outra corrente afirma que seria uma forma de o ex-presidente evitar a prisão, devido ao foro privilegiado, o que prejudicaria ainda mais a imagem do governo. Contudo, o fato de o Supremo Tribunal Federal já ter julgado e condenado petistas com foro privilegiado tira a força do argumento de que Lula estaria tentando evitar uma possível condenação.