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Senadores petistas consideram "perseguição" pedido de prisão de Lula

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Senadores governistas receberam com indignação quinta-feira (10) à noite a notícia sobre o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

Para o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), o pedido foi “uma provocação” às vésperas das manifestações do dia 13.

“O significado é o retrato de uma provocação que já vem de há algum tempo. Este mesmo promotor já anunciava antecipadamente esse processo de perseguição política da nossa liderança maior”, afirmou o líder.

Rocha reiterou que o PT não está convocando a militância para o enfrentamento aos manifestantes contrários ao governo. O líder afirmou que o partido não “cairá em provocações”.

“Estamos assegurando que nossa militância, se for para a rua, vai para assegurar a democracia por meio da paz e daquilo que a gente sempre soube fazer: grandes manifestações em defesa da democracia. Nossa orientação para a militância é que dia 13 é a manifestação deles. A nossa é dia 18 e dia 31”, acrescentou Rocha.

De acordo com Paulo Rocha, “há um setor do Ministério Público” que direciona investigações e promove “perseguição política” contra o Partido dos Trabalhadores.

Pressa

A opinião é compartilhada pelo senador Donizeti Nogueira (PT-TO), que discursou nesta quinta-feira sobre o assunto no plenário do Senado. “Se acontecer algum incidente domingo, é responsabilidade do Ministério Público de São Paulo. Nós vamos trabalhar para responsabilizá-lo”, adiantou.

A senadora petista Regina Souza (PI) também reclamou da “pressa” do Ministério Público em incriminar o ex-presidente. Segundo ela, trata-se de “perseguição”. “Há uma pressa em tirar o Lula de cena. Nunca vi tanto medo de uma pessoa ir para a eleição em 2018.”

Conforme a senadora, as lideranças do PT vinham se empenhando em evitar confrontos no domingo, mas agora “será difícil segurar” a militância. “Fico preocupada porque é às vésperas de uma manifestação. Parece que é para incitar mais as ruas e isso pode ser perigoso”, concluiu Regina Souza.