Junto à denúncia que o Ministério Público de São Paulo apresentou à Justiça contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite desta quarta-feira (9), os promotores pediram também a prisão preventiva do ex-presidente.
De acordo com informações da Folha de S.Paulo, os promotores alegaram que a prisão de Lula é necessária para garantir "a ordem pública, a instrução do processo e a aplicação da lei penal". O pedido do MP corre sob segredo de Justiça em São Paulo.
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O caso será analisado pela juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal de São Paulo. Ainda não há data marcada para a Justiça decidir sobre o caso.
Nesta quinta-feira (10), os promotores concederam entrevista coletiva para formalizar os crimes supostamente cometidos pelo ex-presidente. Segundo a promotoria, Lula é acusado de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, crimes cujas penas podem variar de 3 a 10 anos de prisão e de 1 a 3 anos, respectivamente. A ex-primeira dama Marisa Letícia e um dos filhos do casal, Fábio Luís Lula da Silva, também são acusados de lavagem de dinheiro.
As denúncias envolvem o triplex no Guarujá, que é alvo na operação sobre a Petrobras. O crime de ocultamento de imóvel enquadra-se como uma das modalidades de lavagem de dinheiro, segundo o MP.
Em nota, o Instituto Lula afirmou que Cássio Conserino antecipou sua decisão de denunciar o ex-presidente antes mesmo de ouvi-lo e que isso é "mais uma prova de sua parcialidade ao pedir a prisão preventiva de Lula".
"Cássio Conserino, que não é o promotor natural deste caso, possui documentos que provam que o ex-presidente Lula não é proprietário nem de triplex no Guarujá nem de sítio em Atibaia, e tampouco cometeu qualquer ilegalidade. Mesmo assim, solicita medida cautelar contra o ex-presidente em mais uma triste tentativa de usar seu cargo para fins políticos", diz a nota oficial do Instituto Lula.