ASSINE
search button

Dilma confirma ausência na festa de aniversário do PT

"Eu não governo só para o PT. Eu governo para os 204 milhões de brasileiros"

Compartilhar

Em viagem oficial pelo Chile, onde se encontrou com a presidente chilena Michelle Bachelet, a presidente Dilma Rousseff confirmou que não compareceria à festa de aniversário de 36 anos do Partido dos Trabalhadores, comemorado neste sábado (27), no Rio de Janeiro, por ter compromissos oficiais agendados no país, como a reunião na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Em entrevista, ela também destacou que não governa só para o PT, mas para 204 milhões de brasileiros.

Dilma afirmou que a legenda foi informada de que ela não poderia comparecer em função da viagem oficial do Chile. "Eu gostaria muito [de comparecer]. Eu imagino que você [jornalista] perceba que entre o Chile e o Brasil tem um problema de distância. São quatro horas de avião. Eu ainda tenho um almoço com a presidente Bachelet e ainda tenho uma fala na Celac [Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos]. O PT foi avisado de que eu não compareceria."

Na entrevista, Dilma foi questionada sobre críticas de algumas alas do PT sobre a condução da política econômica do governo. Ela disse que as divergências com a legenda são normais, mas que sempre pedirá e contará com o apoio dos petistas. "O governo é uma coisa, os partidos são outra. Em que pese eles serem a base, muitas vezes, eles divergem. Isso é normal. Eu sempre pedirei apoio e conto com o apoio deles." 

"Eu não governo só para o PT. Eu governo para os 204 milhões de brasileiros. Eu não governo só para o PP, só para o PSD, só para o PDT ou só para o PMDB. Eu tenho de governar olhando todos os interesses e, como o nome diz, o partido é sempre uma parte", completou a presidente.

A presidente assegurou que não há mágoas na sua relação com o partido. "Não é possível vocês acharem que essa relação tenha mágoas". Nas últimas semanas, o PT vem demonstrando pouca afinidade a algumas das propostas do Palácio do Planalto, como a recriação da CPMF e a Reforma da Previdência. Ela acrescentou que nem o governo nem os partidos são "donos da verdade".

CPMF e reforma da Previdência

Diante dos recentes cortes nas notas de avaliação de crédito do Brasil por agências internacionais de classificação de risco, a presidenta voltou a defender a reforma da Previdência e a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para estabilizar a situação fiscal e permitir o que país volte a crescer. Segundo Dilma, o governo também vai fazer sua parte para retomar o crescimento.

>> Reforma previdenciária é para garantir direitos no futuro, diz Dilma

>> Lindbergh: 'Queremos que a presidenta Dilma escute o partido'

"Nós queremos voltar a crescer. E, para voltar a crescer, também é importante ter investimentos, como os do setor privado, e que também o setor público faça sua parte, por exemplo, na infraestrutura. Neste ano ainda, nós vamos leiloar aeroportos, portos, rodovias e ferrovias, porque isso também faz parte do crescimento do país."

* Com Agência Brasil