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Votação da meta fiscal mostra que oposição terá dificuldade com impeachment

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Considerando o sucesso do governo na votação da meta fiscal, nesta quarta-feira (2), a oposição pode ter dificuldades para conseguir os votos necessários ao afastamento da presidente Dilma Rousseff. 

Na votação de hoje, foram 314 votos favoráveis contra 99. Com apenas 100 ausentes, a grande maioria dos votos pela alteração da meta fiscal vieram da base aliada do governo. Foram apenas 19 votos vindos da oposição (2 votos do DEM, 11 do PSB, 2 do PSDB e 4 do Psol). No caso do impeachment, o Planalto precisa de 171 votos na Câmara para derrubar o risco de que Dilma tenha que se afastar.

A taxa de traição dos aliados foi a mais baixa do ano e muitos partidos fecharam em 100% para mudar a meta. O PCdoB, com 12 deputados, votou 100% com o governo. O mesmo ocorreu com PDT, 100% dos 17 deputados. O PRB também 100% dos 14 deputados, o PSD 100% dos 27 deputados e o PT 100% dos 55 deputados. O PMDB deu 51 votos a favor e apenas 1 contrário. O PR deu 27 votos a favor e apenas 1 contrário, o Pros 8 votos a favor e 1 contrário. O PP foi o único aliado fora da curva, com 23 votos a favor e 10 contrários.

Nesta quarta-feira, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que apesar de compor a base é um dos maiores algozes do Planalto, anunciou que autorizará o pedido de abertura de impeachment da chefe do Executivo. Desde que assumiu o comando da Casa, no dia 1º de fevereiro, Cunha vem defendendo que o PMDB rompa com o governo.

>>Deputados aprovam mudança na meta fiscal