A Procuradoria-Geral da República vai pedir ao Ministério Público da Suíça que investigue uma suposta conta do senador Romário Faria (PSB-RJ) no país europeu. O pedido de cooperação será enviado nos próximos dias para Berna.
Em julho a revista Veja noticiou que Romário era dono de uma conta no banco BSI da Suíça, e chegou a divulgar um extrato da conta com um saldo equivalente a R$ 7,5 milhões. O senador contestou a reportagem, viajou para Genebra e afirmou não ter encontrado a conta. O banco BSI confirmou que o senador não era correntista naquela data. Foi aberto um processo no MP local em razão do extrato supostamente falso.
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A revista Veja admitiu o erro e pediu desculpas ao senador. Na semana passada o assunto ganhou um novo capítulo. Na gravação que levou à prisão o banqueiro André Esteves e o senador Delcídio Amaral (PT-MS), o líder do governo Dilma Rousseff e o advogado Edson Ribeiro, sugerem que Romário fez um acordo com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), que mantém boa relação com o banqueiro.
Romário já admite que teve conta no BSI quando jogava na Europa, só não recorda o ano, mas garante que tem interesse em esclarecer o caso. Agora, a PGR quer saber dos suíços o que existe de fato como extratos dessa suposta conta. Berna, se aceitar o pedido, tem o poder de exigir que o BSI abra seus dados e explique em que época o senador teria mantido dinheiro depositado na Suíça.