Na quinta-feira (26), o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) declarou à Polícia Federal, após ter sido preso, que ofereceu ajuda ao filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Bernardo, por uma "questão humanitária" e para "dar uma palavra de conforto".
De acordo com seu advogado, Maurício Silva Leite, Delcídio nega ter cometido irregularidades. O senador diz ainda ter sido procurado pelo filho de Cerveró para que "intercedesse" em habeas corpus impetrados em tribunais superiores em favor de seu pai, mas garante que "jamais" discutiu com ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) o andamento dos processos.
Vale destacar que Delcídio, ex-tucano, ingressou nos quadros do Executivo nos anos 1990. Em março de 1994 ocupou a secretaria executiva do Ministério das Minas e Energia, onde permaneceu até setembro. No final do governo Itamar Franco foi ministro de Minas e Energia, de setembro de 1994 a janeiro de 1995.
Foi filiado ao PSDB de 1998 a 2001. Fez parte da diretoria de Gás e Energia da Petrobras durante o Escândalo do Apagão, a crise de energia de 2000/2001 no governo de Fernando Henrique Cardoso.
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