Usuário frequente do Twitter para criticar, dar suas versões e para rebater notícias sobre si, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apagou mensagens em que elogiava a presidente Dilma Rousseff, segundo a "Folha de S.Paulo", que fez um levantamento das postagens desde 2010, através de uma ferramenta de monitoramento.
"Não é verdade, amigos, que Dilma defenda o aborto e seja contra Jesus e que o vice dela, Michel Temer, tenha algo com seitas satânicas", publicou no microblog, no dia 8 de outubro de 2010, o deputado peemedebista. A mensagem, porém, não está mais disponível.
Após a vitória de Dilma nas eleições de 2010, Cunha escreveu no Twitter: "Dilma mereceu essa grande vitória. Estaremos juntos com ela para o Brasil seguir mudando" e, já próximo da posse da presidente, ele fez elogios: "A maioria do povo brasileiro entendeu bem o raciocínio da Dilma e a elegeu. Entendeu também o quanto ruim foi o governo de FHC (Fernando Henrique Cardoso)". Ambas as postagens também foram deletadas e não podem mais ser vistas.
Comentários polêmicos, como a opinião de Cunha sobre o ex-presidente uruguaio José Mujica ( "Impressionante a agenda do mal desse maconheiro Mujica", de 2012) e sobre um beijo gay na novela "Amor à Vida", da Globo ("Não poderia deixar de expressar a minha repulsa pela cena da TV de beijo gay", em 2014) também foram apagadas.
À "Folha", Eduardo Cunha disse desconhecer que as mensagens tenham sido apagadas.