A presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), disse que seu posicionamento contrário ao prazo extra concedido para que o Planalto apresente sua defesa em relação às "pedaladas fiscais" não tem relação com estar contra ou a favor da presidente Dilma Rousseff.
"O que está em jogo é tirar ou dar mais tempo? Não sou contra nem a favor do governo. Acho que temos que trabalhar e votar pelo Brasil, cumprir o calendário e debelar a crise política que afeta a crise econômica. O mercado está de olho na crise política para tomar decisões. E nós, aqui da CMO, estamos em conversas constantes com o ministro (da Fazenda) Joaquim Levy para buscar a melhor solução", argumentou a senadora.
A presidente da CMO afirmou, ainda, que não vê razão para os 45 dias extras que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), concedeu ao Planalto já que este não fez nenhum pedido nesse sentido. Ela ressaltou que sua relação com Renan é de respeito e independência.
"Não briguei com Renan nem ele comigo. Nem fiquei chateada com ele. Somos independentes, não sou tutelada dele, mantemos respeito um pelo outro", acrescentou.
Nesta quarta-feira (21), o Jornal do Brasil relatou uma discussão áspera entre Rose de Freitas e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) justamente por divergências em relação aos 45 dias dados ao governo. A senadora, porém, negou que tenha havido briga.
"Não houve discussão. Jader fez um comentário, não sei se foi sobre o prazo. Eu apenas disse que não poderíamos ficar parados porque temos um calendário a seguir. Ele se levantou, disse que não estava ali para discutir e foi embora. Não vou chorar por causa de uma opinião que ele tem", disse a senadora.
Nesta segunda-feira (19), o JB antecipou a decisão do presidente do Congresso, Renan Calheiros, de dar mais 45 dias ao Planalto. O despacho com a concessão foi publicado nesta quarta-feira (21).