O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, afirmou neste domingo (4) que não se sente impedido para atuar na análise das contas do governo de 2014 de Dilma Rousseff. Ele, que é o relator do julgamento, argumenta que não vazou nem antecipou seu voto.
De acordo com o ministro, suas declarações sobre o análise aconteceram depois de uma discussão sobre as "pedaladas fiscais".
Neste domingo, o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, afirmou que irá solicitar o afastamento de Nardes da relatoria do caso já que ele teria manifestado seu voto de forma antecipada. Segundo Adams, a intenção é apresentar o pedido nesta segunda-feira (5).
"É vedado ao magistrado manifestar por qualquer meio de comunicação opinião sobre processo pendente de julgamento seu ou de outro. Essa regra está reproduzida integralmente no regimento interno do TCU", afirmou Adams, que concedeu entrevista neste domingo ao lado dos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do Planejamento, Nelson Barbosa.
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