A nova configuração ministerial, anunciada nesta sexta-feira (2) pela presidente Dilma Rousseff, levou em conta a influência política dos novos ministros no Congresso Nacional, para fortalecer o governo na aprovação de medidas como as do ajuste fiscal.
No novo desenho da equipe, o PMDB teve ampliado de seis para sete o número de pastas. O partido passa a comandar o Ministério da Saúde, com o deputado Marcelo Castro (PI), e o da Ciência, Tecnologia e Inovação, com Celso Pansera (RJ).
Helder Barbalho deixa o Ministério da Pesca e Aquicultura – que será incorporado pelo da Agricultura – e vai para a Secretaria de Portos. O partido mantém o comando das pastas de Minas e Energia (Eduardo Braga), Agricultura (Kátia Abreu), Turismo (Henrique Eduardo Alves) e Aviação Civil (Eliseu Padilha).
Na reforma, ministérios liderados pelo PT mudaram de comando. O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, deixa o cargo e retorna ao Ministério da Educação. Jaques Wagner, atual ministro da Defesa, assume a Casa Civil.
Os ministérios do Trabalho e da Previdência viraram um só e será comandado pelo petista Miguel Rossetto, que deixa a Secretaria-Geral da Presidência. O partido mantém o comando dos ministérios da Justiça (José Eduardo Cardozo), do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Tereza Campello), do Desenvolvimento Agrário (Patrus Ananias), da Cultura (Juca Ferreira) e a Secretaria de Comunicação Social (Edinho Silva).
A Secretaria-Geral da Presidência foi extinta e em seu lugar foi criada a Secretaria de Governo, sob o comando do PT. O novo órgão vai reunir as secretarias de Relações Institucionais e da Micro e Pequena Empresa e será comandado por Ricardo Berzoini, que deixa o Ministério das Comunicações.
A Secretaria de Micro e Pequena Empresa que era comandada por Guilherme Afif Domingos (PSD), perdeu o status de ministério. O PSD continua com o Ministério das Cidades, chefiado por Gilberto Kassab.
O PCdoB continua com um ministério: o da Defesa, sob o comendo Aldo Rebelo, que deixa o da Ciência e Tecnologia. O PDT perdeu o Ministério do Trabalho e fica com o Ministério das Comunicações, sob o comando do líder do partido na Câmara, André Figueiredo.
O PTB, o PRB, o PP e o PR continuam cada um com uma pasta: Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Armando Monteiro); Esporte (George Hilton); Integração Nacional (Gilberto Occhi) e Transportes (Antonio Carlos Rodrigues), respectivamente.
Oito pastas são comandadas por ministros sem filiação partidária: Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União), Alexandre Tombini (Banco Central), Waldir Simão (Controladoria-Geral da União), Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento, Orçamento e Gestão), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Nilma Lino Gomes (Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos).
Desde a semana passada, a presidente se reuniu diversas vezes com ministros da articulação política do governo, com o vice-presidente Michel Temer, que também é presidente do PMDB, e lideranças do partido e de outras legendas em busca do melhor desenho para a nova equipe. Também teve reuniões com o ex-presidente Lula, que participou das discussões sobre a formação da nova equipe.