Os meios políticos comentam que, em razão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF) ter negado o pedido do presidente da Câmara para tirar ação da Lava Jato da Justiça do Paraná, a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve denunciar Eduardo Cunha, entre hoje e amanhã, por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.
O jornal Estado de S. Paulo informa também que o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) também será denunciado.
Segundo a publicação, as denúncias, por corrupção e lavagem de dinheiro, serão as primeiras envolvendo políticos com prerrogativa de foro. Elas são baseadas em depoimentos de delatores da Operação Lava Jato e em provas colhidas pelo Ministério Público Federal em diversas fases da investigação, entre elas as buscas em imóveis de Collor, na chamada Operação Politeia, em julho.
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O senador do PTB é suspeito de receber R$ 26 milhões em propinas, entre 2010 e 2014, desviados da Petrobras. Esses recursos teriam sido usados para a compra de carros de luxo, apreendidos no mês passado pela Polícia Federal.
Já o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi citado por um dos delatores da Lava Jato, o empresário Júlio Camargo, como beneficiário de suborno de US$ 5 milhões. O valor teria sido pago para facilitar a assinatura de contratos de afretamento de navios-sonda entre a Samsung Heavy Industries e a Diretoria Internacional da estatal, controlada pelo PMDB.