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'Medidas estão sendo tomadas para que em breve o Brasil volte a crescer', diz ministro

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O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, disse, após a reunião com a presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente, Michel Temer, e a coordenação política do governo, nesta segunda-feira (17/8), que o Brasil precisa quebrar o clima de “pessimismo” e “intolerância”. “Medidas estão sendo tomadas para que em breve o Brasil volte a crescer”, comentou ao avaliar as manifestações de domingo (16/8). Segundo Edinho, as agendas de diálogo com o Congresso Nacional criam condições favoráveis à governabilidade.

Participaram também da coletiva o líder do Governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE) e o líder do Governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). 

Segundo o ministro Edinho, “esse é um momento de diálogo” e que  governo vê as manifestações como “algo natural” e "que a presidenta reconhece a importância das manifestações”. “É evidente que estamos vivendo um momento de intolerância política, religiosa. Temos de trabalhar para desfazer esse clima de intolerância”, avaliou o ministro.

Edinho destacou que a mobilização de ontem foi vista como “um fato natural dentro da normalidade democrática” e que o governo está trabalhando para superar as dificuldades que levaram os insatisfeitos às ruas.

O ministro evitou comentar os pedidos de impeachment da presidenta Dilma durante as manifestações. De acordo com ele, nesse momento o governo está mais preocupado com a agenda positiva e a retomada do crescimento da economia. Edinho Silva destacou a ampliação do diálogo do governo com o Congresso Nacional e com os movimentos sociais.

“O governo tem lidado com as manifestações como fatos naturais de um regime democrático. Tem lidado com esses fatos dentro da normalidade democrática e assim vamos continuar fazendo. Reconhecemos a importância da mobilização de ontem, mas governo continuará trabalhando, construindo sua agenda. O governo acredita que as medidas econômicas que, em grande parte já foram tomadas, criam condições para que Brasil retome, num curto espaço de tempo, o crescimento”, disse Edinho.

“É importante que os brasileiros acreditem no Brasil, que o empresariado acredite no Brasil. As condições que estamos passando são de dificuldade, mas vivemos em um país com todas as condições de superação. Em breve, estaremos colhendo os frutos das medidas que foram tomadas. Esse é o centro da atenção do governo: a retomada do crescimento econômico e da geração de emprego”.

Apesar de reconhecer a legitimidade das manifestações, o ministro disse que o Brasil vive um momento de intolerância, que não condiz com a tradição de respeito à liberdade de pensamento no país.

“É óbvio que estamos num momento de intolerância política, religiosa e cultural. É um momento difícil da vida brasileira em que temos de trabalhar para desfazer esse ambiente. O Brasil sempre conviveu com a diversidade cultural, religiosa, regional e política. Temos de combater esse ambiente, de modo que o Brasil volte a ter aquilo que sempre foi sua tradição, que é a convivência democrática com a diversidade de pensamento, expressão, opções, diversidade cultural e religiosa”, afirmou Edinho.

Para o governo, os protestos de ontem tiveram um recuo na quantidade de participantes em relação à primeira manifestação – em março deste ano – mas, conforme o ministro, o número ou o perfil socioeconômico dos manifestantes que foram às ruas não afetam a legitimidade da mobilização.

Líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE), destacou a presença de lideranças de partidos da oposição nos protestos desse domingo. Segundo ele, parte do movimento “assumiu uma conotação ideológica muito forte” nas manifestações. “Tanto que fica até difícil a presidenta dialogar, porque não tem uma pauta, não apresentaram uma pauta.”

Já o líder do Governo na Câmara, José Guimarães, informou que o Congresso priorizará dois itens da “Agenda Brasil”, o que trata da desoneração da folha - que está com urgência constitucional e tranca a pauta -, e o da taxação de repatriamento de recursos.

Com Agência Brasil