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Dilma: "Soberania significa submissão à vontade das urnas"

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Em discurso para novos diplomatas do Instituto Rio Branco, nesta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff disse que a soberania do país significa submissão à vontade geral expressa nas urnas, e que o estado brasileiro só é respeitado na medida em que no país for respeitada a soberania popular. "O estado brasileiro só é respeitado no mundo na medida em que em nosso território se exercer e respeitar a soberania popular. Essa soberania significa submissão à vontade geral expressa nas urnas. Dela depende o cumprimento do programa econômico, social e  político de mudanças que a sociedade escolhe de quatro em quatro anos", afirmou.

Dilma ressaltou ainda a importância dos futuros diplomatas: "A ação futura de vocês, jovens diplomatas, articulará duas dimensões essenciais da democracia: a defesa da soberania nacional e o respeito à soberania popular, que é base também do nosso processo de inclusão social".

Sobre a liderança brasileira no cenário internacional, a presidente defendeu a soberania das nações e o respeito ao multilateralismo. “São duas faces da democracia, que nos impõem respeitar a diversidade de nossas sociedades e aquelas que o mundo apresenta”.

Segundo Dilma, a política externa não só é um instrumento de projeção do país no mundo, mas um elemento fundamental de nosso projeto nacional de desenvolvimento. “A integração pressupõe democracia. Ela só foi possível quando os povos de nossa região derrotaram as ditaduras no século passado”. Qualquer interrupção do processo democrático, não importa de que forma ela se manifeste, poria em risco a integração regional.

A mesma preocupação em favorecer a formação de um mundo multipolar esteve na origem da constituição do Ibas, com a Índia e a África do Sul e, juntamente com a China e a Rússia, na criação do Brics. “Esse último bloco experimentou extraordinário avanço nos dois últimos anos, desde que, na reunião de cúpula de Fortaleza, decidimos criar o Novo Banco de Desenvolvimento do Brics e constituir o Acordo Contingente de Reservas”.

A presidente enfatizou a importância do Brasil no cenário mundial: "Passamos a ser respeitados no mundo na medida em que unimos essas duas dimensões da democracia – a liberdade e a justiça social".

A presidente também participou da imposição de Insígnias da Ordem do Rio Branco, que é a mais alta condecoração da diplomacia brasileira e homenageia pessoas físicas, jurídicas, corporações militares, instituições civis nacionais ou estrangeiras pelos seus serviços e méritos excepcionais