O Ministério Público do Paraná (MP-PR) ajuizou uma ação civil pública nesta segunda-feira (29) contra o governador Beto Richa (PSDB) por improbidade administrativa. O MP entende que Richa é responsável pelo "massacre" dos professores, no dia 29 de abril, no Centro Cívico de Curitiba. Nesse dia, mais de 200 pessoas ficaram feridas no confronto entre a Polícia Militar e professores, que estavam em greve e protestavam em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
O MP também responsabilizou o ex-secretário de Segurança Fernando Francischini, o ex-comandante da PM César Vinícius Kogut, o ex-subcomandante Nerino Mariano de Brito e o tenente-coronel Hudson Leôncio Teixeira.
Eles foram apontados como os responsáveis pela operação policial realizada no dia do conflito. Entre as irregularidades cometidas pelos requeridos, conforme o Ministério Público, estão excesso de força e gastos indevidos.
A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) informou, por meio de nota, que "lamenta o comportamento da comissão nomeada pelo Ministério Público para investigar os fatos ocorridos em 29 de abril no Centro Cívico, que não permitiu ao Estado ter acesso aos autos da investigação"
Segundo a nota, a PGE apresentou requerimento, no dia 29 de maio, no procedimento preparatório de inquérito civil para ter acesso à investigação, porém, o requerimento não chegou a ser analisado.
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>> The New York Times: At Least 150 Are Injured as Police Clash With Teachers
>> Clarín: Más de 200 heridos tras un violento choque entre profesores y la prefectura de Brasil
>> BBC: Violent clashes at Brazil teachers' protest in Curitiba
>> El País: Más de 200 heridos en una protesta de profesores en Brasil