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Gleisi Hoffmann condena violência contra os professores paranaenses

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Em discurso na manhã desta quinta-feira (30), no Plenário do Senado, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) lamentou a violência com que o governo do Paraná tem enfrentado protestos dos professores contra mudanças no plano de Previdência do funcionalismo daquele estado. Ela afirmou que nunca, em sua vida, havia visto tamanha truculência e observou: “Não podemos deixar que o governador não responda por essa barbaridade que foi feita”.

— O estado do Paraná está de luto, está de luto pela forma como foram tratados os professores, os trabalhadores da educação que faziam ontem um manifesto na Assembleia Legislativa. Eu estive ontem com o senador Roberto Requião na Assembleia Legislativa do Paraná e também participei, junto aos professores, da manifestação que faziam, aliás estive junto aos professores quando foram atingidos por bombas de gás lacrimogênio, por cassetetes da polícia e por uma truculência incomparável — disse a senadora.

Em nome do Senado, ela e Requião pediram aos integrantes da Assembleia Legislativa que não aprovassem o projeto referente à Previdência Social dos servidores do Estado. A senadora informou já ter conversado com o ministro da Previdência, Carlos Gabas, o qual não tinha ainda todos os elementos para uma posição a respeito dessa mudança. Ela falou do apelo feito ao ministro.

— Fizemos um apelo, eu e o senador Requião, um apelo ao presidente da Assembleia. Nós tínhamos quase dois mil policiais militares fazendo um cinturão de segurança não só à Assembleia Legislativa, mas ao centro cívico do Estado do Paraná e tínhamos mais de dez mil professores reunidos em praça pública. Sabíamos que uma tragédia poderia acontecer e pedimos encarecidamente para o projeto não ser votado ontem. Não conseguimos esse intento. Não conseguimos fazer com que a Assembleia se sensibilizasse — afirmou ainda Gleisi Hoffmann.