O diretor de engenharia da Petrobras, José Figueiredo, negou esta semana que a estatal pode descumprir o conteúdo local. No entanto, ele alegou que a indústria brasileira está toda ocupada, com estaleiros cheios, afirmando que a ida de projetos como os cascos da P-75, P-76 e P-77 e os módulos da IESA para o exterior não vão afetar o cumprimento dos compromissos com a Agência Nacional de Petróleo (ANP). As informações são Petronotícias, agência especializada no setor.
Figueiredo não fez comentários sobre o caso envolvendo o ex-diretor Paulo Roberto Costa. Alegou que a sua diretora é responsável pela obra e apenas sobre isso ele poderia responder. Mas quando o assunto foi a falta de novos contratos para as empresas de engenharia brasileiras, Figueiredo ressaltou que novas contratações serão feitas a medida que a indústria atenda aos prazos da Petrobras.
“É fácil assinar contrato, o difícil é cumprir os prazos, e nós estamos trabalhando para cumpri-los. À medida que o mercado tenha atendido os prazos, a Petrobrás demandará novas contratações”, disse o diretor. A "Petronotícias" teve acesso, em abril, a um documento enviado pela estatal às empresas, sobre o FPSO de Tartaruga Verde, em que os índices de conteúdo local apontados pela empresa estavam abaixo dos previstos em contrato com a ANP. Quando questionado sobre os motivos dessa decisão, Figueiredo respondeu que a razão eram os prazos.
“A Petrobrás tem um prazo para cumprir e a indústria hoje está toda ocupada. (…) Ela (a indústria) também tem um fôlego de crescimento, então estamos dizendo para a ANP que esse fôlego tem que ser contínuo”, afirmou ele em conversa com jornalistas do veículo após o encerramento da Rio Oil & Gas 2014.