O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), lamentou nesta quarta a morte do candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), e disse que "a tragédia deixa o Brasil órfão de um político que defendia uma alternativa de mudança para país e que abriu mão do governo de Pernambuco para enfrentar o desafio de disputar a corrida ao Palácio do Planalto". O PPS integra a coligação que tinha Eduardo Campos e Marina Silva como candidatos.
Rubens Bueno participava do depoimento da contadora Meire Poza (que prestava serviços ao doleiro Alberto Youssef) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar na Câmara quando soube das primeiras informações sobre o acidente aéreo. Naquele momento, as informações sobre a presença de Campos no jatinho que caiu na cidade de Santos, assim como sua morte, ainda não estavam confirmadas. Bueno chegou a interromper as perguntas para a contadora e comunicou os integrantes do conselho a respeito das suspeitas, minutos depois confirmadas.
"Lamento a morte de Eduardo Campos e transmito meus sentimentos à família dele e das demais vítimas. Como candidato, tinha ótimas propostas para o país e estava entre os três mais bem colocados nas pesquisas de opinião que aferem a preferência do eleitor. Sem dúvida, é um acontecimento trágico", afirmou o deputado, ao ressaltar ainda o período que conviveu com Campos no Congresso Nacional e agora na campanha.
A presença de Campos na disputa presidencial, destacou o líder do PPS, estava enriquecendo o debate sobre os rumos do país. "Ele era um grande amigo e acima de tudo um grande líder", lamentou.
Indagado como fica agora a coligação para presidente, Rubens Bueno disse que o momento agora é de se solidarizar com a família das vítimas. "É uma tragédia, um momento muito difícil. Não é hora de falarmos de definições políticas. Isso será debatido mais para frente. É hora de consolarmos as famílias", reforçou o parlamentar.