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Prefeito de BH confirma dois mortos e 19 feridos em queda de viaduto

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O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, confirmou no início da noite desta quinta-feira que duas pessoas morreram e 19 ficaram feridas no desabamento do viaduto da Avenida Pedro I, que integrava o conjunto de obras para a Copa do Mundo, apesar de não ter ficado pronto antes do início do Mundial. Um carro, dois caminhões e um micro-ônibus foram atingidos pelos escombros. Um dos mortos foi a motorista do micro-ônibus, de 25 anos, identificada como Hanna Cristina Santos.

Onze feridos foram atendidos no Hospital Risoleta Neves, dois no Hospital Odilon Behrens, dois foram encaminhados para a UPA Venda Nova e dois na UPA Pampulha, além de três atendidos e liberados no local.

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Lacerda disse que as causas do desabamento ainda são desconhecidas. Segundo ele, pode ter havido falha na execução do projeto ou falha na própria construção. Ele decretou luto de três dias em Belo Horizonte.

O viaduto, que saia da Rua General Olímpio Mourão e passava sobre a Avenida Pedro I, estava em construção. O acidente aconteceu na Região da Pampulha, onde está o estádio Mineirão, que vai receber uma partida da semifinal da Copa do Mundo na próxima terça-feira (8). A Avenida Pedro I é uma das vias de acesso ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins.

O empreendimento total incluía ainda a instalação de um sistema expresso de ônibus (BRT), instalação de passarelas e alargamento de rodovia. Com esse acidente, os supersticiosos já temem a semifinal da Copa na capital mineira.

O custo total do complexo da obra era de R$ 45 milhões com início previsto para setembro de 2011 e conclusão prevista para janeiro do ano passado. O empreendimento faz parte da matriz de responsabilidade da Copa, que definiu o complexo viário como obra da prefeitura de Belo Horizonte.

A construtora Cowan S.A., responsável pela obra, divulgou nota oficial em que lamenta "profundamente o ocorrido com o viaduto sobre a Avenida Pedro I". "Neste momento, a prioridade é o apoio às vitimas e aos familiares. A empresa informa que já enviou ao local a equipe técnica para iniciar as investigações", diz a nota.

A tragédia não isenta de responsabilidade a construtora Cowan, que também financia campanhas políticas. Em 2012, a empresa desembolsou R$ 2.826.264,29 para os partidos. No dia 28 de setembro de 2012, segundo o TSE, a Cowan fez uma doação de R$ 500 mil ao PCdoB; no dia 20 de setembro, R$ 1 milhão para o PMDB; no dia 4 de outubro, R$ 500 mil para o PMDB; no dia 25 de outubro, R$ 326.264 para o PMDB; e no dia 28 de setembro, R$ 500 mil para o PSDB.