O governo federal questionou a greve da Polícia Civil e das forças de segurança de vários estados anunciada para esta quarta-feira (21), a 22 dias da Copa do Mundo.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, declarou que a greve é inconstitucional. "Força armada, seja ela policial ou militar, não podem fazer greve. Esse é um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), ouve dúvidas durante um período, mas esse é um entendimento que está cada vez mais sacramentado. Com certeza, policias que honraram e honram a constituição não ousarão desrespeitá-la", disse ele. A Polícia Civil de 13 estados do país deve parar por 24 horas a partir de hoje, os policiais federais e rodoviários federais também podem aderir à greve.
Segundo a Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) a greve tem apoio em Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
"Se o governo não mostrar boa vontade [para negociar] não descartamos parar na Copa", disse o presidente do sindicato dos policias federais no Rio, Marcelo Novaes.
A categoria exige um nivelamento do salário dos policiais em todo o país e melhores condições de segurança.(ANSA)