O primeiro rolezinho com o aval da prefeitura de São Paulo vai acontecer neste sábado, no Parque do Ibirapuera, na zona sul da capital. O anúncio foi feito nesta quinta-feira durante um encontro entre os organizadores do evento e o secretário municipal de Promoção da Igualdade Racial, Netinho de Paula. De acordo com a prefeitura, o evento foi organizado após o município intermediar encontros com jovens assíduos no movimento que ficou famoso por ocupar shoppings de várias regiões da cidade. A estimativa é de que o rolezinho do Ibirapuera reúna cerca de 6 mil pessoas.
“Eles se organizaram, estão formando agora uma associação e querem trabalhar como organizadores de evento. Vieram aqui hoje para agradecer ao prefeito a intenção de ouvi-los”, disse Netinho de Paula.
Para Vinícius Andrade, membro da nova associação, o novo rolezinho terá eventos sociais, como doação de sangue. “Queremos fazer o rolezinho organizado com projetos sociais ao mesmo tempo”, disse. Cerca de 50 jovens foram escolhidos para liderar o grupo e, segundo a prefeitura, eles serão os responsáveis por organizar os eventos e convocar seus seguidores via redes sociais.
Um dos líderes do movimento, conhecido como MC Chaveirinho, disse que, no futuro, os rolezinhos podem até voltar para os shoppings. “Estamos pensando em nos organizar nos parques até mantermos um acordo com os shoppings. Igual ao primeiro shopping que nos recebeu, o Itaquera, o projeto está andando bem e estamos aguardando os demais shoppings virem até a gente para sentarmos e passarmos uma proposta boa”, disse.
Além dos parques, a ideia da prefeitura é usar os espaços dos Centros de Educação Unificada (Ceus) e Clubes das Comunidades (CDCs). “A Prefeitura já está trabalhando nessa proposta que será apresentada para colocar a nossa Guarda Civil, para que esteja presente em todos os eventos que serão organizados pelos jovens. O Ministério Público também é parceiro nesse processo e estará acompanhando todos os eventos. Nós não pactuamos com nenhum tipo de baderna e nem nenhum tipo de bagunça. E é nesse sentido que a gente se aproximou para conversar, porque a gente percebeu que a intenção não era essa”, afirmou Netinho de Paula.