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SP: investigação busca 'motivação' para morte de PMs, diz delegado

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O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Luiz Mauricio Blazeck, afirmou na tarde desta quinta-feira, em frente à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que o principal objetivo da polícia é descobrir quais foram as motivações do crime que terminou com a morte de dois policiais militares, do filho do casal, e de mais duas parentes das vítimas. O filho do casal, de 13 anos, é considerado pela polícia, até agora, o único suspeito do crime.

"As investigações não estão concluídas. O que estamos atrás é da motivação do crime. É isso o que nos interessa agora. Nós temos onde, quando, como, mas não temos as motivações. E os parentes, as testemunhas formais, indicarão obviamente a possibilidade de ter a motivação", disse ele. Blazeck compareceu ao DHPP para se reunir com os delegados responsáveis pela investigação do caso.

O delegado afirmou ainda que se surpreendeu com a mudança de versão do coronel Wagner Dimas, que disse "ter se perdido" durante a entrevista que deu à Rádio Bandeirantes ontem, em que afirmou que a PM Andréia Pesseghini, encontrada morta na segunda, havia denunciado colegas que participavam de roubos de caixas eletrônicos.

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"Da mesma forma que a imprensa se surpreendeu, nós também nos surpreendemos. Porque isso (a informação) não se encontrava na dinâmica do crime propriamente dito. O que não significa que uma coisa não tenha a ver com outra. Pode até ter havido eventualmente aquela situação. Entretanto, é preciso ligar uma coisa com a outra. O que não parece efetivamente que tenha ocorrido", afirmou Blazeck.

O delegado confirmou que, até o momento, o garoto é o único investigado pelo crime. A polícia, até aqui, acredita que ele tenha agido sozinho. "Não é questão fechada. Dependemos dos laudos para comprovar isso. Por enquanto continua a versão inicial."