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Defensor de Bruno pede absolvição ou redução de pena

Advogado de ex-goleiro destaca falta de provas e alega que investigações ainda não terminaram 

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Duas estratégias marcaram o discurso de Lúcio Adolfo, o advogado do ex-goleiro Bruno Fernandes: destacar a falta de provas do processo e lembrar que as investigações ainda não foram concluídas. O defensor trabalha pela absolvição do ex-goleiro a que ele seja incriminado por uma menor participação no crime, informou o jornal O Tempo.

O defensor frisou que é o Ministério Público quem tem de  provar a culpa de Bruno, e que não há provas para isso. Adolfo disse que a juíza Marixa Rodrigues deu de presente para o Promotor Henry Wagner Vasconcelos uma certidão de óbito, mesmo sem corpo. O advogado questionou ainda como uma pessoa pode ser sequestrada e transportada de um Estado para outro, passando por pedágios sem que ninguém perceba. "Ninguém no hotel em Contagem viu Eliza Samudio sendo arrastada ou algemada", afirmou.

Adolfo apontou o Promotor Henry Vasconcelos como responsável pela imprensa veicular indícios que incriminam o atleta. O defensor também criticou a análise feita por um médico do depoimento de Jorge Rosa, primo de Bruno, que conta com detalhes como a ex-amante morreu. A advogado assinalou que isso não seria possível pela ausência de um corpo cuja autópsia indique asfixia ou outro tipo de morte. "Como posso falar que foi asfixia, se ninguém viu o corpo?", questionou o advogado.

Sobre Macarrão, Adolfo alegou que acredita que o Ministério Público fez um acordo com a defesa de Macarrão para que ele confessasse.  "Uma negociação atrás das câmeras", acrescentou. Segundo ele, seu cliente não era apegado a dinheiro e era Macarrão quem cuidava de tudo, por isso o ex-secretário do ex-jogador tinha ciúmes de todos aqueles que ficavam no entorno de seu patrão. Ainda sobre a participação de Macarrão e Bruno no crime, Adolfo completou: "Se dois amigos decidem roubar um banco e um deles mata o gerente, eles são julgados igualmente?"

Jurados

Dirigindo se aos jurados, Adolfo afirmou: "Os senhores são juízes do fato", acrescentando ser melhor absolver um culpado do que culpar um inocente. "Se houver um vestígio de dúvida, absolva", sugeriu. A advogado prosseguiu sua defesa lembrando aos jurados que a investigação do processo não terminou e pediu a eles que fizessem Justiça: "Absolvam ou reconheçam a menor participação de Bruno", propôs.